Opinião:
Ken Follett é um dos meus
escritores de eleição, tenho todos os livros publicados (confesso que ainda não
consegui ler todos, mas quero muito fazê-lo), desde que li Os Pilares da Terra, apaixonei-me pela sua maneira de escrever e
contar histórias, é inegável o quanto gosto da sua versatilidade nos vários géneros literários que se propõe a
escrever.
Os Filhos do Éden
um livro escrito em 1998, absorveu-me logo nas primeiras páginas, uma narrativa
que nos envolve completamente.
A história é em volta
de um grupo que se auto-intitula Os
Filhos do Éden, vivem num vale de
uma zona remota no estado da Califórnia, onde cultivam vinhas, e sobrevivem
daquilo que cultivam, são quase auto suficientes.
Mas o facto de uma
central eléctrica estar prestes a ser instalada naquela zona, faz com que os
seus sonhos de viverem isolados sejam deitados a abaixo, pois se isso se
concretizar aquele vale deixa de existir, ficará submerso pela água.
Priest o impulsionador do grupo, juntamente com duas mulheres estão
dispostos a tomar medidas drásticas que
podem ameaçar e colocar em risco a vida de dezenas de pessoas, o seu objectivo é provocar um sismo em zonas sensíveis e propícias a esses abalos no estado da Califórnia, fazem chantagem com governador para desistir da central eléctrica.
Priest apesar de não
saber ler, é um líder apto, tem cadastro, mas tornou-se numa pessoa diferente ao longo dos anos, só que a sua
obsessão em não deixar que o governo leve a melhor, trás de novo ao de cima a
sua má índole, e torna-o audaz, aparecendo e provocando o FBI, na convicção de que
não o vão reconhecer, e a sua audácia e obsessão levam-o a cometer actos
imperdoáveis, que tem de ser travados a todo o custo.
Será que o vai
conseguir concretizar a sua ameaça? Como é que é possível humanos provocarem um
abalo de terra? Será que a policia deverá levar a sério
estas ameaças?
Tanto o governador da Califórnia como os responsáveis do FBI, são ambíguos em acreditar nas ameaças. Não tem pistas, não tem nada em concreto onde se agarrar.
Já Juddy, uma agente do
FBI, destacada, e que é dedicada ao seu trabalho,empenha-se completamente em
tentar descobrir quem está por detrás destas ameaças, e ao contrário dos outros
agentes demonstra uma perspicácia fora de série, está sempre um passo à frente
dos outros, nem que para isso coloque a sua vida em risco, não existem momentos
parados, nesta corrida contra o tempo, pois não se sabe se ameaça se vai
concretizar ou não, mas o melhor será descobrir antes que seja tarde de mais.
Gostei especialmente desta personagem.
Com um enredo cheio de
ritmo o autor consegue habilmente agarrar-nos completamente nesta
narrativa, os com acontecimentos desenrolam-se num ritmo adequado, onde cada
personagem se encaixa na perfeição no seu papel nesta história.
É impossível largar o
livro depois de o começarmos a ler, pois todo o suspense em torno desta narrativa
torna-a viciante, com bastante ritmo, não tem momentos parados, lê-se num ápice, tal é a ansiedade de descobrir o que vai
acontecer, se conseguem realmente descobrir este grupo e impedir a catástrofe
que pretende provocar, pois tratam-se de pessoas que não deixaram rasto
durante longos anos.
Não há dúvida que Ken
Follett é mestre em contar histórias, mais um livro que gostei imenso, com acção
e reviravoltas inesperadas, alguma tensão, e onde o suspense está aliado à
ciência, uma óptima leitura, que recomendo. Muito bom.
Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui
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