Opinião:
Gostei de imediato da
capa deste livro, o mar fascina-me, quanto há sinopse não sabia muito bem o que
esperar sobre a história em si, uma leitura recomendada para jovens adultos,
não concordo acho que todos os podem ler, e agora que o li não sei bem o
que escrever sobre esta narrativa, não é
fácil transmitir sobre o que se leu neste livro, é diferente, inesperado.
Em relação há história
ela é narrada pela jovem Cadence Sinclair, herdeira de uma família muito rica,
que se dão ao luxo de ter uma ilha particular, onde todos os anos no Verão se
juntam para passar férias, os Sinclair podem passar por uma família normal,
pessoas da classe alta, com muito dinheiro, com gostos requintados, bonitos e
atraentes, mas... desenganem-se esta família vive de aparências, são altivos,
orgulhosos, não permitem que outras pessoas ou pequenas coisas interfiram na
sua condição, não demonstram os seus sentimentos nem permitem que ninguém da família os demonstre, nem a morte de alguém que amem é motivo para falarem
dessa pessoa ou expressar seja o que for.
A narrativa é em torno
de Cadence, Johnny, Mirren (os primos) e um amigo do primo o Gat, é
o único personagem que não sendo da família consegue trazer alguma normalidade,
que diz aquilo que pensa, e o que se passa no mundo real e na mente das pessoas
normais, não esconde os seus sentimentos, não age nem pensa como os Sinclair.
Cadence conta-nos na
primeira parte da história, como era passar as férias com a mãe, as tias, os
avós e os primos e o amigo que se juntava sempre a eles, enquanto a mãe e as
tias discutiam sobre futilidades, os jovens faziam os que todos os adolescentes
fazem, divertiam-se, e passavam umas férias idílicas, até um certo Verão em que
algo de muito grave acontece, uma tragédia, Cadence tinha na altura quinze anos.
Numa segunda parte
narra-nos o que lhe acontece durante os dois anos seguintes, em que perdeu a
memória, não tem noção nenhuma daquele dia que modificou a vida de todos para
sempre, e só passado dois anos é que volta de novo à ilha para tentar
reconstruir o que aconteceu naquele dia, na esperança que se lembre de tudo.
E aqui a autora
consegue absorver-nos e enganar-nos de uma maneira inesperada com um enredo
que mistura a realidade com a imaginação
da personagem Cadence, que está num estado mental lastimável, a jovem quer há
força toda recuperar a memória daquele dia e conversa com todos na sua ânsia de
se lembrar, e somos envolvidos completamente com o desenrolar dos factos, pouco
a pouco junta todos os pormenores como se de um puzzle se tratasse, não é fácil
trazer memórias que talvez sejam desagradáveis e uma enorme surpresa para ela.
A história é narrada de
uma forma em que salta ora para a frente ora para trás no tempo de forma a que
as memórias venham à mente de Cadence e se vão entrelaçando e fazendo sentido.
Lockhart criou uma família Sinclair que podia ser perfeita, mas não o é, envolta em mistério,
mentem, vivem de aparências, escondem segredos, enganado-se uns aos outros, e
conseguiu criar sem dúvida uma narrativa diferente mantendo suspense até ao
fim, com personagem Cadence.
Com uma escrita fluída, gostei da construção do enredo e das personagens, e da forma como foi
desvendando um pouco de cada vez, abrindo as memórias de Cadence e trazendo à
tona um segredo tão bem guardado por todos, e confesso não estava nada há
espera do final, fiquei muito mas muito surpreendida.
Um livro que se lê rapidamente, uma história com o seu q.b. misterioso, o porquê do titulo Quando
Éramos Mentirosos tem que ler para descobrir, gostei muito, por isso recomendo.
Obrigada Asa por esta oferta inesperada.
Pode ler sobre o livro Quando Éramos Mentirosos aqui
2 comentários:
Um livro interessante.
Acabo de o ler também
Boas leituras!
Obrigada Denise e boas leituras também :)
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