Opinião:
Sou completamente
fascinada pela Cornualha, desde que li há uns bons anos um livro em que
história era passada neste condado de Inglaterra, não resisto a ler narrativas que
se passem nesta zona. Acho sempre que se trata de um lugar que além de
ser verdejante e junto do mar tem o seu que de misterioso, adorava visitar.
Um
Amor na Cornualha começa com a personagem Jude prestes a
casar, mas na hora H foge do altar, ninguém consegue perceber porque fez tal
coisa. O facto é que Jude não estava a fazer algo que queria para si, mas
estava sim a fazer a vontade dos outros, mais concretamente da mãe, que no
fundo dirigia a sua vida, pois nunca deixou de ser apenas uma sombra, após a
morte da sua irmã.
Jude consegue-se
libertar, mesmo sabendo que vai ter consequências e que dificilmente a vão perdoar,
mas está disposta a correr esse risco antes que seja tarde demais. Precisa de
se afastar de tudo e de todos, e tentar um novo começo.
Resolve abandonar o
país e refugia-se na casa de uma tia em Oxford, a tia consegue arranjar-lhe um
emprego numa casa na Cornualha, em Pengarrock, vai ajudar o proprietário a
catalogar a extensa biblioteca da família Trevillion.
Apaixona-se de imediato
pela casa e pelo local, por tudo o que a rodeia, e aqui autora brinda-nos com
descrições detalhadas sobre este lugar idílico, de sonho, com campos
verdejantes, o rio, o mar, as pessoas da localidade.
Mas... como em todas as famílias, os Trevillion, também tem segredos, uma tragédia ensombra este lugar,
Jude depressa se apercebe que existe
algo envolto em mistério, em torno dos antepassados da família e de uma jóia
desaparecida.
Começa a catalogar os
documentos e em simultâneo vai remexendo no passado, subitamente acontece
algo ao dono da casa, colocando em risco Pengarrock, e aqui temos uma Jude
determinada e numa corrida contra o tempo a tentar descobrir os segredos
guardados, e numa busca desenfreada da jóia, para impedir que este lugar seja
vendido, acreditando que a jóia poderá ser a solução.
Será que Jude no meio
deste conflito todo acaba por se encontrar finalmente?
E Tristan o
proprietário, que não tem interesse no lugar, devido ao seu passado conturbado,
afastou-se e não sente afinidade por este lugar. Será que ambos acabam por
encontrar o seu caminho, e ultrapassar todos os traumas de uma infância que os
marcou e deixou cicatrizes?
Liz criou personagens
que nos cativam como Jude, que tem um sentido de humor muito peculiar, que
me fez sorrir diversas vezes, e até mesmo o empertigado do filho do dono de
Pengarrock, Tristan me seduziu, a empregada da casa Helen também é uma personagem
cativante, o próprio enredo com mistério em torno desta família, principalmente
em torno dos seus antepassados ajudam a tornar esta narrativa atractiva para o leitor.
Depois os cenários
descritos são simplesmente magníficos, a
autora consegue transportar-nos para este local e imaginar-nos dentro daquela
casa, onde conseguirmos visualizar o rio em dias ensolarados, e noutros ficar
envoltos num denso nevoeiro, cada um com a sua beleza muito própria.
Em suma uma narrativa
envolvente, que se lê muito bem, um romance que mistura intriga e mistério, conflitos
familiares, mas também trata-se de mudanças e novos recomeços, de decisões para aqueles que acreditam e que
querem mudar. Aproveitem o verão para se deliciar com esta leitura. Gostei e
recomendo.
Pode ver o livro Um amor na Cornualha aqui
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