Opinião:
Sempre que leio um
livro desta dupla penso que foi o melhor que li, mas depois de acabar de ler o quarto
livro O Homem da Areia, concordo com o
que está escrito na capa “Os Kepler no
seu melhor”, e aconselho a quem comece a ler que tenha tempo para o fazer
pois este livro devora-se, quando começamos é quase impossível largar e parar a
sua leitura.
Bastou ler as primeiras
páginas para que ficasse com os nervos à flor da pele, é o efeito que esta
dupla tem ao escrever os seus livros, as suas histórias dão-me desconforto, mas
é o que eu gosto num bom policial, num bom thriller é sinal que entramos mesmo no enredo e
na pele dos personagens.
Trata-se de um enredo
muito intenso e arrebatador, protagonizado pelo já conhecido Jonna Linna, um comissário pelo qual se sente empatia, este
livro desvenda algo do seu passado, coisas que não entendíamos nos livros anteriores.
Em relação a esta história, um jovem dado como
morto há sete anos aparece de repente numa ponte, está ferido, e com
hipotermia, trata-se de Mikael Kohler-Frost. A questão que se coloca é onde é
que o jovem esteve este tempo todo? O comissario Jonna tenta interrogá-lo, mas
o jovem não consegue dar-lhe uma única pista, nem do sitio onde estava nem como
é que conseguiu libertar-se, algo estranho, uma vez que o responsável pelo seu
desaparecimento se encontra há dez anos preso na psiquiatria de um hospital de
alta segurança. Como sobreviveu e onde esteve este tempo todo a última vitima deste serial
killer?
Joona sabe que para
descobrir mais terá que se aproximar daquele que o privou de quem amava, Jurek
Walter um assassino em série que nos recorda sem dúvida alguma Hannibal Lector,
pela sua mente perversa e pelo que fez às suas vitimas, o próprio ambiente da
ala psiquiátrica é sinistro, consegue causar-nos arrepios, tal é a intensidade
que transmite e emana este serial killer, ele consegue que todos sintam medo
dele, este misterioso assassino, Jurek, tem poder sobre as pessoas e que consegue atingir os
objectivos que quer, mas para isso precisa de entrar na sua mente, coisa que
não fez estes anos todos por estar isolado, será que pode estar prestes a fazê-lo?
Joona vai travar uma
luta contra o tempo para descortinar a mente e o passado do assassino, e conseguir insignificantes pistas onde se possa agarrar, pois existem vidas em perigo.
Quem gosta de um
bom thriller vai adorar este livro, eu senti-me arrepiada várias vezes durante a
sua leitura, pois o enredo está tão cheio de tensão que é impossível não
ficarmos envolvidos, mais uma vez os autores foram peritos na forma como descrevem
as cenas mais chocantes, com detalhes mórbidos que causam uma sensação desconfortável
o tempo todo.
Mas eu gosto de
thrillers que me enervem durante a leitura, e que me provoquem adrenalina, e O Homem da Areia conseguiu fazer isso, com
um enredo surpreendente, cheio de ritmo, mirabolante que nos deixa sempre na
expectativa, nunca sabemos o que vai acontecer a seguir, devido ao suspense do
mesmo, com um final que não esperava e me faz querer muito ler o próximo livro.
É sem dúvida um policial excelente, recomendo aos amantes do género que vão ficar surpreendidos.
Pode ler mais sobre o livro O Homeme da Areia aqui
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