Opinião:
Os
Sonhos que Tecemos, um livro que retrata uma época sobre a
qual gosto de ler, um género literário que tanto aprecio, uma narrativa em que a
autora se baseou em factos reais no ano de 1832, para nos trazer uma história
muito envolvente.
Tem como cenário de
fundo a localidade de Lowell, Massachusetts, Inglaterra, Alice Barrow, a
personagem central, é uma jovem que trabalha numa fiação de algodão para se
tornar independente, uma fábrica com condições precárias, onde todos os dias
correm riscos e onde as jovens raparigas trabalham durante 13 longas horas. O
escape nisto tudo era quando recebiam o salário e podiam usar em alguma
extravagância, momentos esses que as fazia felizes.
Viviam em condições
miseráveis, numa pensão em quartos onde mal se mexiam, cheios de raparigas até
ao limite, mesmo assim no meio da pobreza e do trabalho ainda arranjavam forças
para se divertir e sorrir.
Alice demonstra ser uma
rapariga forte ao enfrentar tudo e todos, ao lutar pelos direitos das
trabalhadoras e para que se faça justiça quando a sua melhor amiga Lovey
aparece morta em circunstâncias chocantes, tendo sido assassinada, a sociedade
condenando-a pelas suas acções quer que o tribunal dê como provado que se
tratou de um suicídio, num longo e doloroso julgamento.
Um livro que retrata
bem a sociedade na altura, onde a distinção entre classes era bem evidente,
mostra a opulência dos ricos, e a exploração dos pobres, isto durante a
revolução industrial americana, em que começaram as greves pelos direitos dos
trabalhadores, a sua luta por melhores condições e igualdade no trabalho, em que as mulheres tentavam ter a
sua independência, trabalhando tanto como os homens mas não conseguindo ter
direitos iguais, começando no salário, uma
época onde o amor era proibido entre duas classes distintas.
A autora conseguiu criar uma
história que envolve e que nos toca através de personagens fortes e ricas como Alice e Lovey, uma rapariga que demonstrou uma
vontade de viver enorme e de Alice que se mostrou integra nos seus princípios
e valores, relegando ao amor em prole da justiça.
Apesar da mediocridade
da mente das pessoas na altura, haviam sempre aqueles dentre os ricos que se
destacavam ao mostrar a sua nobreza pelos gestos e pelas atitudes que tomavam
em prole daqueles que mais necessitavam.Em suma gostei imenso deste livro a autora soube sem dúvida captar bem a época, uma narrativa sobre o valor da amizade, o amor e os direitos no trabalho, tornando este romance numa leitura muito cativante. Recomendo.
Pode ler sobre o livro aqui
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