17/12/2014

Um, Dó, Li, Tá de M. J. Arlidge (opinião)



Opinião:
Gostei imenso da capa e do titulo Um, Dó, Li, Tá e como viciada que sou por thrillers e policiais psicológicos, ainda gostei mais da sinopse.
O estranho desaparecimento de dois jovens Sam e Amy dão o inicio a algo com contornos muito macabros que está para acontecer.
Amy sobrevive e dá a conhecer o modus operandis de um psicopata, que rapta e coloca em cativeiro sempre duas pessoas, em condições desumanas, condições essas que foram extremamente bem planeadas, difíceis só de imaginar, são deixados ao frio, fome, sede, numa tortura psicológica em que vão ser testados até ao limite das suas capacidades humanas e é isso que o raptor pretende, um deles vai ter de escolher se quer viver ou morrer - Dois reféns. Uma bala. Um vive. Um morre.
Este é apenas o primeiro caso, vão desaparecer outras pessoas, e acontece sempre o mesmo, escolhe sempre duas pessoas, que coloca em cativeiro.
O incrível é que sempre que um par era raptado o autor conseguiu criar tensão  psicológica e fazer com que me questionasse - sobre quem iria matar? Ou mesmo quem seria capaz de se matar a si próprio para não ter de matar o outro? Faz um jogo com o próprio leitor através da sua escrita, coloca-nos automaticamente a pensar e a questionar.
Helen Grace a detective encarregue do caso demonstra ser uma mulher forte, empenhada nas suas funções, mas ao longo do livro o leitor fica pensar no que será que lhe aconteceu para agir como age fora de serviço, certamente fantasmas do passado perseguem-na, mas o que?
Grace vai avançando lentamente na investigação, tem uma boa equipa a ajudá-la para deslindar estes casos, mas os mesmos apresentam-se muito difíceis de solucionar, quem está por detrás sabe muito bem o que está a fazer, não deixa uma pequena pista ou indicie, é alguém inteligente e engenhoso sem dúvida.
O enredo está bem conseguido, bem construído, com personagens credíveis, torna o livro viciante, pois o leitor quer passar rapidamente as páginas para descobrir o perpetuador, o autor fez com que desconfiasse que o psicopata poderia ser pelo menos duas das personagens do livro, mas não poderia estar mais enganada e longe da verdade.
Gosto imenso de um thriller psicológico assim, cheio de tensão que me faça desconfiar e questionar ao longo do livro, mas que o desfecho seja completamente diferente daquele que estava a pensar, e coloque por terra todas as teorias. Um livro de leitura compulsiva, com um final surpreendente.  Muito bom, recomendo. Fiquei fã deste autor.

Pode ler mais sobre o livro aqui Um, Dó, Li, Tá aqui



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