Opinião:
“Amar Não é Pecado” tal
como no romance anterior, o autor aborda temas controversos,
mas sobre os quais gosto de ler e que sem dúvida podem dar um bom enredo para qualquer livro.
Temos novamente como
protagonistas o inspector Luís Borges e a simbologista Valéria Del Bosque, que
se conheceram e envolveram no romance“Inferno no Vaticano”, e se nesse livro nos
levaram a entrar no complexo mundo do Vaticano, desta vez o assunto é em volta de
uma questão pertinente que se coloca no seio da igreja - os padres podem ou não
podem casar?
Não professo nenhuma
religião, mas confesso que a Bíblia atrai-me, não as religiões, mas o livro que
foi escrito por homens inspirados em Deus, e toda a controversa que a mesma tem
trazido até aos dias de hoje. Em que cada religião interpreta à sua maneira, e
realmente o celibato foi sempre uma questão que me fez alguma confusão, pois
não concordo com o facto dos padres não poderem casar.
O autor arranjou um
enredo interessante e envolvente que nos cativa, a descoberta de um manuscrito
que põe em causa a veracidade daquilo que a igreja considera correcto há
milhares de anos, esse manuscrito vai gerar polémica, pois coloca em causa o
celibato. O que pessoas poderosas e influentes na igreja não querem ver
divulgado.
Luís Borges e Valéria
Del Bosque são incumbidos de recuperar esse manuscrito, que muitos querem, mas
como talvez são mais os que não querem, ambos os protagonistas vão enredar numa
aventura alucinante na procura de pistas desse manuscrito, por países dos quais podem não voltar com vida. Apesar de estarem
juntos nesta odisseia a química entre os dois protagonistas que houve no livro
anterior, neste não se sentiu.
“Amar Não é Pecado” tem os
ingredientes certos em que não falta algum suspense, mortes, perigo,
erotismo, tudo para resultar num excelente romance, mas faltou algo,
confesso que gostava que
a história tivesse sido mais explorada, com um ritmo demasiado
acelerado, por
vezes os capítulos acabam demasiado depressa, o que não trás
consistência à
história, pois fica sempre algo que podia ter sido melhor explicado.
O autor
apresenta-nos novamente um romance com uma escrita simples, fluída, capítulos curtos, com
bastante acção, um livro que se lê num ápice.
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