19/05/2015

A Rapariga no Comboio, de Paula Hawkins (opinião)



Mais de 2 milhões de livros vendidos em apenas 3 meses. 13 semanas consecutivas no 1º lugar no TOP nos EUA e em Inglaterra. 

Opinião:
A Rapariga no Comboio, é narrado através de três personagens femininas, Rachel, Megan e Anna, apesar de Rachel ser a narradora que mais se evidencia, que mais se destaca.
Rachel apanha todos os dias o comboio para Londres, e observa pela janela os mesmos cenários no exterior, mas tem uma pequena obsessão, durante o percurso da viagem, visualiza a casa de um certo casal e idealiza a vida do mesmo, até certo dia em que ocorre algo estranho, que não faz parte do cenário habitual, o que a deixa muito perturbada.
É assim que o leitor é arrastado para dentro do enredo deste livro, com esta personagem fragilizada, estranha, obsessiva, que nos vai narrando o seu dia a dia. Mas não é a única, pois no capitulo seguinte somos levados no espaço temporal através de outra narradora, Megan, e só mais há frente no livro é que entra a terceira pessoa, Anna, e assim ficamos a conhecer três mulheres distintas, as suas vidas envoltas em mistério, são elas as protagonistas principais, e que nos fazem ficar presos em cada capitulo.
A autora conseguiu criar um enredo em torno destas personagens que nos lança dúvidas, nos deixa a questionar sobre o que se deve acreditar ou não, o quão confiável pode ser uma pessoa, e que nem tudo o que parece é, mas, o mais incrível é que na realidade existem pessoas que tem os mesmos problemas que estas personagens, com as quais nos cruzamos no dia a dia.
Depois é o facto de durante a leitura o leitor ser deixado em suspense constantemente, são várias as reviravoltas, e por isso começa-se a formar na nossa mente perguntas - Será que alguma das personagens é confiável? Será que as vamos conhecer verdadeiramente? Que ligação é que tem umas com as outras?
Sendo um enredo sombrio, é sem dúvida uma narrativa de leitura compulsiva, pois procuramos saber se existe um elo de ligação entre os personagem para começarmos a encaixar as peças que nos faltam, e o que é realmente verdade, o que realmente aconteceu, tudo é tão dúbio, um jogo psicológico tão bem feito, com tantos segredos envoltos.
Mas é isso que agarra o leitor, as duvidas que vão sendo inseridas na nossa mente de maneira subtil, a dada altura deixamos de acreditar em todos os personagens, e somos arrastados numa espiral de acontecimentos perturbadores.
Um thriller psicológico que nos envolve e engana de uma maneira muito intensa e arrepiante, mas que não queremos largar até ter terminado. Muito bom.

Obrigada Topseller pelo exemplar de avanço de A Rapariga no Comboio.

Pode ler mais sobre o livro aqui

1 comentários:

Milay disse...

Acho que nunca estive tao ansiosa por um lançamento