Opinião:
Neste segundo livro do
autor M. J. Arlidge, temos de novo como protagonista central a detective Helen
Grace, uma personagem com um passado conturbado, obscuro,
existem segredos que a continuam a perturbar.
Depois de tudo o que
aconteceu e por aquilo que passaram no livro anterior, Um, Dó, Li, Tá, o retorno ao trabalho e à normalidade não está a
ser nada fácil para a detective Helen Grace, e a sua colega Charlie, o que lhe
aconteceu foi muito mau, deixou demasiadas mazelas, por isso sente-se os
pequenos atritos entre ambas, que em prole do trabalho terão de ultrapassar.
À
Morte Ninguém Escapa, Helen vê-se abraços com um serial killer,
que decide fazer justiça pelas próprias mãos, alguém anda a matar homens de família, homens que procuram sexo fora de casa, e perpetua esses mesmos crimes
de uma maneira brutal, pois retira-lhes
cirurgicamente o coração, ao fazer isto está expor a vida destes homens casados, a vida
dupla que levam, qual será a mensagem que quer deixar ao fazer algo
tão macabro?
Gostei do
enredo, apesar do ritmo não ser tão alucinante como o do livro anterior, a
premissa deste está muito bem estruturada, pois quem está por detrás destes
crimes consegue manter-se incógnito durante muito tempo e demonstra ser alguém com inteligência, está
sempre um passo à frente, não deixando pistas, nenhum índice de quem possa ser,
joga muito bem o jogo do gato e do rato com a policia.
Cabe a Helen e à sua
equipa conseguir apanhar este serial killer, e travar mais mortes, mas tal não
se apresenta uma tarefa fácil, pois o mundo onde eles vão entrar é tão
degradante e extenso, um antro de droga e prostituição. As poucas pistas
encontradas são falsas, não levam Helen a lado nenhum, é tudo um emaranhado
neste mundo obscuro, nada é o que parece, não existe respostas certas, o leitor
sente toda a tensão no ar nesta procura desenfreada.
Num meio sombrio e depois de tantas reviravoltas, quando finalmente se
descobre o assassino, e sabemos as suas motivações de ter perpetuado tais crimes,
choca-nos e no fundo revolta, e isso faz com que o final seja surpreendente.
Mais uma vez fiquei
rendida ao autor, este trilher tem o que gosto neste género literário, factor surpresa, escrita fluída e cinematográfica, capítulos curtos que se tornam viciantes, tudo isso faz com que fiquemos presos nesta leitura do principio ao
fim, gostei bastante.
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