Opinião:
O Outro Filho, é segundo livro da trilogia Brinkmann,
tal como O Amigo Anduz, tem um inicio
lento, segue a mesma linha do primeiro livro, o leque de personagens é extenso, e de várias nacionalidades, o que faz com que a leitura seja feita com mais atenção.
Uma vez que existe um
espaço temporal entre a publicação dos livros, é normal se ande um pouco à nora
com a importância que cada uma das personagens teve no enredo do livro
anterior, assim como convém recordar certos detalhes e pontas soltas, mas depois
de entrar na história, lê-se num ritmo frenético, pois tem muita acção.
Sophie personagem
central, era uma pessoa com uma vida normal até conhecer Hector, foi quando viu
de repente a sua vida transformar-se da noite para o dia, arrastando com ela a
pessoa que mais ama, o filho. Agora que Hector se encontra em coma, Sophie não
tem escolha, não tem opção, não consegue desligar-se deste grupo que faz parte
de uma rede internacional de crime organizado, querem usá-la para conseguirem
chegar aos seus inimigos. Sophie para apaziguar os ânimos tenta ajudar, só que vai
descobrir da pior maneira que não pode confiar em ninguém, quando tem que
escolher, a sua decisão torna-se no seu maior pesadelo.
O autor criou um enredo
pejado de suspense e acção, certos personagens estão em constante movimento, deslocando-se de um país para o
outro, não faltam tiroteios, mortes, raptos, entrando
no mundo da droga, do sexo, da corrupção tão patente na sociedade em que se vive, quer a nível policial, quer
politico, aqueles em quem o cidadão deveria poder confiar, estão à margem da
lei, conseguem fazer o que querem e saírem impunes, são temas que o autor aborda de uma maneira crua.
Com capítulos curtos, e
de ritmo intenso, é um livro que consegue prender o leitor com muitos momentos
de tensão ao longo da leitura, faz-nos virar as páginas rapidamente, a tentar
descortinar o que vai acontecer a seguir com os personagens, e que revelações
poderão ser feitas, com vários momentos surpreendentes, li o livro num ápice.
Fica muita coisa em aberto,
pendente, é um prelúdio do que nos espera o último livro da trilogia, penso
eu. Gostei sem dúvida ainda mais deste livro do que do primeiro, aguardo por isso com expectativa o
terceiro volume.
Pode ler mais sobre o livro O Outro Filho
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