Opinião:
Tive conhecimento da
Colecção A História de Portugal em
Romances, através do livro - Uma Praça em Antuérpia, agora resta-me
ir comprando pouco a pouco os outros livros, apaixonada como sou por
romances históricos.
A
Revolução da Mulher das Pevides, leva-nos ao ano de 1807,
quando o exército de Napoleão invadiu Portugal com as suas tropas. Sofremos nas
mãos dos franceses crueldades que são inarráveis, sendo nós um povo pacifico e
hospitaleiro, tivemos que nos subjugar temporariamente a estes bárbaros até
se dar a revolta.
A autora pegou neste
pedaço da história de Portugal e construiu um romance que nos envolve
completamente, as personagens conquistam-nos em cada capitulo, em especial as
da terra de Nazaré, com a sua linguagem tão característica e peculiar, tive
alguma dificuldade no inicio em perceber as suas falas, até me habituar ao
conceito explicado, ou seja se soubermos a terminação das palavras é
fácil, fizeram-me rir ao longo do livro pela sua forma de falar e não só também devido às suas peripécias.
Eu sei que o povo
português sempre foi forte e corajoso, especialmente aventureiro, através das
suas odisseias por mar, mas esta parte da história confesso que não me lembro
de ler sobre a mesma, mais uma vez demonstramos a nossa valentia ao enfrentar
os franceses. Novos e velhos, homens e mulheres desencadearam uma verdadeira
revolução e enfrentaram as tropas de Napoleão sem armas próprias para o efeito, mas sim através da sua astúcia.
Nota-se que a autora fez uma
pesquisa apurada em factos históricos para escrever sobre este período
conturbado, na forma como descreve as ocorrências em detalhe da invasão,
sobre a fuga do nosso Rei, sobre os Espanhóis, os Ingleses e os Russos, sobre quem
eram os nossos aliados, inimigos e quem se manteve neutro nesta guerra, mas
também porque se baseou em pessoas reais para recriar as personagens deste
livro.
Foi uma narrativa que me
fez sorrir várias vezes, devido ao leque de personagens da Nazaré, com os quais
se vai criando empatia ao longo da narrativa, pela sua coragem e determinação e pelo seu sotaque
característico da época, mas, também me fez ficar chocada e perturbada devido a
certas cenas bárbaras protagonizadas pelas tropas de Napoleão. É fácil ficarmos envolvidos neste romance histórico, recomendo.
Fico a aguardar
continuação, e, entretanto, quero ver se adquiro o livro "O último Conjurado".
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