A Rapariga que Derrotou o
Estado Islâmico
Farida Khalaf com Andrea
C. Hoffmann
Páginas: 240
PVP: 15,90€
Lançado originalmente em
fevereiro na Alemanha, chega a
Portugal o livro que dá a conhecer ao
mundo a história de incrível coragem de
Farida Khalaf, a jovem iazidi que após
longos meses de cativeiro,
espancamentos e violações, conseguiu libertar-se do terror jihadista.
A ASA escolheu a data de
8 de março, Dia Internacional da Mulher, para o lançamento em Portugal de A
Rapariga que Derrotou o Estado Islâmico, o livro que conta a história real de
Farida Khalaf, a jovem iazidi que foi raptada, vendida, espancada e violada às
mãos do Estado Islâmico mas que, após várias tentativas de suicídio, decidiu
lutar e conseguiu fugir.
Hoje, com 19 anos e a
viver como refugiada na Alemanha, Farida enfrenta uma nova batalha: o estigma
da violação (na comunidade iazidi, uma mulher violada é ostracizada). Por não
aceitar o silêncio imposto às vítimas, Farida decidiu falar em seu nome e no de
todas as mulheres vítimas deste crime de guerra que é ainda um tabu
penalizador. E com a colaboração da editora de política e especialista no Médio
Oriente Andrea C. Hoffmann, escreveu este livro, um documento que revela ao
mundo uma perspectiva sem precedentes sobre os horrores praticados pelo Estado
Islâmico e que prova que a amizade e a vontade de viver são mais poderosos do
que a barbárie.
Sobre o seu futuro,
Farida Khalaf é categórica: Quando concluir o secundário na Alemanha, vou
estudar e tornar-me professora de Matemática, como sempre desejei. Os
fanáticos, que reduziam as raparigas à categoria de objetos, não me impedirão.
Sobrevivi para lhes mostrar que sou mais forte do que eles.
Livro:
Farida foi até há pouco
tempo uma jovem como tantas outras. Em agosto de 2014, tinha 17 anos, uma
família numerosa e uma melhor amiga com quem partilhava segredos e sonhos de
futuro. Na sua aldeia no Iraque reinava a paz. Mas isso era “antes”.
O “depois” impôs-se com a
brutalidade de um pesadelo. Decorria ainda o mês de agosto quando a sua aldeia,
não-muçulmana, foi ocupada pelo Estado Islâmico. Os aldeãos enfrentaram as
ameaças com a dignidade da fé. Unidos, recusaram converter-se ao Islão. E
pagaram o preço. Os jiadistas assassinaram todos os homens e rapazes, e
raptaram as mulheres e crianças.
O que seguiu está para lá
dos limites da imaginação. O dia a dia feito de espancamentos e violações. A
indignidade dos mercados onde o Estado Islâmico vendia as prisioneiras como se
fossem gado. Mas após várias tentativas de suicídio, a revolta falou mais alto.
Farida decidiu lutar até ao fim das suas forças. E um dia, os terroristas
esqueceram-se de trancar a porta do seu quarto. Foi o dia com que sonhara
durante os longos meses de cativeiro. Foi o dia em fugiu pelo deserto da Síria
disposta a morrer pela liberdade.
Sobre o livro:
A rapariga que derrotou o
Estado Islâmico luta consigo própria. Luta para aceitar as terríveis
experiências como parte do seu passado e, apesar delas, avançar pela vida de
cabeça erguida. Vai levar tempo. Mas sei com toda a certeza que Farida vencerá
também essa batalha. Ser-lhe útil nesse processo é uma grande honra para mim. Andrea C. Hoffmann
Sobre as autoras:
Farida Khalaf tem 19 anos
e pertence à minoria étnico-religiosa iazidi. Após meses de cativeiro às mãos
do autoproclamado Estado Islâmico, conseguiu fugir. A violência a que foi
sujeita deixou marcas psicológicas e físicas que nunca se extinguirão. Mas a
jovem enfrenta agora uma nova batalha: o estigma da violação. Na comunidade
iazidi - profundamente tradicional - uma mulher violada é ostracizada, algo que
Farida está preparada para aceitar. O que ela não aceita é o silêncio imposto
às vítimas, a vergonha que lhes tolhe os movimentos e o futuro. Por isso,
Farida fala - em seu nome e no de todas as mulheres vítimas deste crime de
guerra que é ainda um tabu penalizador. Atualmente, vive como refugiada na
Alemanha.
Andrea C. Hoffman é
editora de política e Especialista no Médio Oriente para a revista Focus.
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