14/05/2016

A Vingança Serve-se Quente, de M. J. Arlidge



Opinião:
Depois de Um Dó Li Tá, À Morte Ninguém Escapa e A Casa de Bonecas, eis que chega o quarto volume da série protagonizada com a enigmática e intrigante detective Helen Grace, A Vingança Serve Quente, e não é muito normal um autor conseguir manter o mesmo nível de qualidade em todos os seus livros como faz Arlidge, até agora gostei imenso de todos, são realmente imperdíveis para quem gosta deste género literário.
Três incêndios deflagram na calada da noite, Southampton está a arder. A detective Helen Grace é chamada ao local dos incêndios e desta vez vê-se a abraços com um incendiário pouco comum, que deixa a cidade em polvoroso, pois além de deixar um rasto de destruição também faz vitimas, por isso as pessoas tem medo e querem a todo o custo que a policia apanhe o culpado, mas é mais complicado do que aquilo que aparenta, pois não são deixadas pistas e as vitimas não tem ligação entre elas. 
O autor desta vez focou-se num enredo diferente, pois os crimes resultam de outro crime que são os incêndios, dos quais resultam vitimas, será que é um pressuposto incendiário? É tudo muito estranho pois os três incêndios de grandes proporções deflagram quase em simultâneo, e não são ateados por mero acaso, existe uma ligação entre eles. É assustador, pois quem está por detrás planeou cada um deles, a forma como acontecem não pode ser acidental, e o macabro é que a intenção dos mesmo seja provocar a morte das pessoas que estão dentro das casas.
Helen Grace, empenha-se na investigação, mas continua atormentada com fantasmas do seu passado obscuro, tentando lidar com os mesmos de uma forma que a deixa mais apaziguada, mas não sendo aquela que no fundo a liberta, mas enquanto profissional, é sem dúvida a melhor, por isso sentimos empatia, além disso tem um novo chefe, e mostra-lhe o que vale.
Outro livro que não desilude, com voltas e reviravoltas, onde nada é o que parece, mantém o ritmo e o suspense durante toda a leitura, com capítulos muito curtos lê-se num ápice, e depois termina da melhor forma quando revela um culpado inesperado. O autor aguça-nos ao deixar uma pista para o próximo livro, fica-se com vontade de ler de imediato o quinto volume desta série, espero que seja publicado em breve.

Dias 10. 11 e 12 de Junho, o autor estará na Feira do Livro de Lisboa



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