História Natural da Destruição
W.G. Sebald
N.º de páginas: 144
PVP: €15,50
Guerra aérea e literatura
Lisboa, 17 de março de 2017 – História Natural da Destruição, do escritor alemão W.G. Sebald, chegou às livrarias na passada sexta-feira, pela Quetzal Editores.
Este é um título que se encontrava esgotado em Portugal há vários anos. Em História Natural da Destruição, Sebald descreve a devastação da Alemanha imposta pelos bombardeamentos dos aliados, a destruição dos centros urbanos e as vítimas civis, meditando ainda sobre o subsequente silêncio da maioria dos escritores de língua alemã no período pós-guerra.
«Os aspetos mais negros do último ato da destruição tornaram-se uma espécie de tabu, como um segredo de família vergonhoso pelo qual as pessoas nem no seu foro privado podiam responder. De todas as obras literárias criadas até ao fim dos anos 40, talvez somente Der Engel schwieg de Henrich Böll proporcione uma imagem aproximada da profundidade do abismo que então ameaçava quem verdadeiramente olhasse as ruínas em redor.»
«Tão estranha quão convincente, assim é a força invulgar da linguagem de Sebald, a sua seriedade festiva, a sua maleabilidade, a sua precisão.» Susan Sontag
«W.G. Sebald é dotado de uma capacidade percetiva alucinantemente apurada.» Der Spiegel
«Sebald tem o calibre de Nabokov, a mesma majestosa leveza.» Chicago Tribune
«Tão estranha quão convincente, assim é a força invulgar da linguagem de Sebald, a sua seriedade festiva, a sua maleabilidade, a sua precisão.» Susan Sontag
«W.G. Sebald é dotado de uma capacidade percetiva alucinantemente apurada.» Der Spiegel
«Sebald tem o calibre de Nabokov, a mesma majestosa leveza.» Chicago Tribune
Sinopse:
Uma tese provocadora: a literatura falhou perante o horror da guerra aérea. Com grande agudeza analítica e riqueza de material, Sebald rasga uma ferida na literatura do pós-guerra que até hoje não fechou. Os escritores não souberam lidar com a destruição das cidades, com as vítimas civis, os órfãos e os que perderam tudo.
«Apesar dos denodados esforços para vencer o passado, quer-me parecer que os alemães são hoje um povo nitidamente cego para a História e falho de tradição. Não conhecemos o interesse apaixonado pela maneira de viver anterior e pelas especificidades da nossa civilização do modo que é patente, por exemplo, na cultura da Grã-Bretanha em geral. E quando olhamos para trás, em particular para os anos de 1930 a 1950, é sempre com um olhar que ao mesmo tempo se foca e se desvia. As produções dos autores alemães do pós-guerra são por isso marcadas por uma meia consciência ou falsa consciência destinada a consolidar a posição extremamente precária dos escritores numa sociedade que, moralmente, está de todo desacreditada.» Do prefácio.
Sobre o autor:
W.G. Sebald nasceu em 1944, em Wertach, na Alemanha. Viveu desde 1970 em Norwich, no Reino Unido, onde foi docente de Literatura Alemã. Prosador e ensaísta, é autor de de livros que marcaram a literatura contemporânea, tendo sido galardoado com os prémios literários Mörike, Heinrich-Böll, Heinrich-Heine e Joseph-Breitbach. W.G. Sebald morreu em dezembro de 2001.
«Apesar dos denodados esforços para vencer o passado, quer-me parecer que os alemães são hoje um povo nitidamente cego para a História e falho de tradição. Não conhecemos o interesse apaixonado pela maneira de viver anterior e pelas especificidades da nossa civilização do modo que é patente, por exemplo, na cultura da Grã-Bretanha em geral. E quando olhamos para trás, em particular para os anos de 1930 a 1950, é sempre com um olhar que ao mesmo tempo se foca e se desvia. As produções dos autores alemães do pós-guerra são por isso marcadas por uma meia consciência ou falsa consciência destinada a consolidar a posição extremamente precária dos escritores numa sociedade que, moralmente, está de todo desacreditada.» Do prefácio.
Sobre o autor:
W.G. Sebald nasceu em 1944, em Wertach, na Alemanha. Viveu desde 1970 em Norwich, no Reino Unido, onde foi docente de Literatura Alemã. Prosador e ensaísta, é autor de de livros que marcaram a literatura contemporânea, tendo sido galardoado com os prémios literários Mörike, Heinrich-Böll, Heinrich-Heine e Joseph-Breitbach. W.G. Sebald morreu em dezembro de 2001.
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