Hoje Estarás Comigo no
Paraíso
Bruno Vieira Amaral
Género: Literatura /
Romance
N.º de páginas: 368
Data de lançamento: 7 de
abril de 2017
PVP: € 17,70
«Hoje Estarás Comigo no
Paraíso», o regresso de Bruno Vieira Amaral
Vencedor do Prémio
Literário José Saramago 2015 lança o seu segundo romance
Bruno Vieira Amaral
recebeu todos os prémios literários de prestígio em Portugal: o Prémio Saramago
2015, o Prémio Pen para Narrativa 2013, o Prémio Fernando Namora 2013 e o
Prémio Time Out para Livro do Ano 2013. A 7 de abril, chega às livrarias «Hoje
Estarás Comigo no Paraíso», o seu mais recente romance, que o confirma como uma
das mais interessantes vozes no panorama ficcional português.
Partindo de
acontecimentos reais, «Hoje Estarás Comigo no Paraíso» faz a investigação
literária do homicídio do primo João Jorge, e usa essa mesma investigação para
reconstruir e recuperar memórias pessoais e familiares.
«Para mim, João Jorge
nasceu na noite em que o mataram, nas hortas a caminho da Vila Chã. A minha avó
materna dizia que, naquela madrugada, ouviu gritos perto do cemitério e, mesmo
antes de ter ido à varanda, curiosa e apavorada e sem acender a luz, soube logo
que acontecera uma grande desgraça. Até ao fim da vida, quando falava de João
Jorge, repetia os passos daquela madrugada distante, ia até à varanda, apontava
para o lugar onde antigamente ficavam as hortas e dizia que naquela noite
amarga, enquanto lavava a loiça, ouvira uns gritos assustadores, como se
estivessem a matar porcos. No dia seguinte – e disto lembro-me perfeitamente –
carregada com os sacos de compras, ofegantes e muito vermelha, nem esperou para
entrar em casa: «Mataram aquele teu primo, o João Jorge», disse.», é o primeiro
parágrafo do mais recente romance de Bruno Vieira Amaral.
Inspirado por autores
como Nelson Rodrigues, W.G. Sebald e Mario Vargas Llosa, entre outros, Bruno
Vieira Amaral publicou em 2014 o romance «As Primeiras Coisas», que lhe valeu a
distinção dos mais importantes prémios literários e a aclamação da crítica e
leitores.
Sinopse:
Em Hoje Estarás Comigo no
Paraíso, Bruno Vieira Amaral, desenha uma investigação do assassínio do primo
João Jorge - morto no bairro em que ambos viviam no início dos anos 80 - e usa
essa investigação como estratégia de recuperação e construção da sua própria
memória: a infância, a família, o bairro e as suas personagens, Angola antes da
Independência e nos anos que se lhe seguiram, e a figura (ausente) do pai.
Na
reconstituição da personalidade e do percurso da vítima, da noite em que tudo
aconteceu, na apropriação que o narrador faz de uma ligação com João Jorge
(mais ou menos forjada pelos mecanismo da memória) - e de que faz parte essa
busca mais ampla das dobras do tempo e do esquecimento - são utilizados os mais
diversos materiais: arquivos da imprensa da época, arquivos judiciais,
testemunhos de amigos e familiares, e a literatura, propriamente dita - como
uma possibilidade de verdade, sempre.
Sobre o autor:
Bruno Vieira Amaral
estudou História Contemporânea e é crítico literário, ensaísta e romancista. O
seu primeiro romance, «As Primeiras Coisas», foi distinguido com variadíssimos
prémios e mereceu, em 2016, a nomeação de Uma das Dez Novas Vozes da Europa
(Ten New Voices from Europe), escolhidas pelos jurados da plataforma Literature
Across Frontiers.
Imprensa:
«Bruno Vieira Amaral tem
o génio do detalhe, sabe descrever a quinquilharia dos indigentes, usa o calão
com justeza, evoca detalhes especiais que dizem tudo.» Pedro Mexia,
Expresso
«O romance de estreia de
Bruno Vieira Amaral confirma uma grande solidez. E traz uma personagem
coletiva, o Bairro Amélia, que talvez tenha vindo para ficar no imaginário
literário português.» Isabel Lucas, Público
«Um muito original
romance de estreia, escrito com grande maturidade estética e forte conhecimento
da realidade descrita. O anúncio de um futuro grande escritor.» Miguel Real,
Jornal de Letras
«O epílogo, em tom
elegíaco, traz-nos páginas que estão entre as mais belas da literatura portuguesa
recente, confirmando o fôlego raro desta estreia triunfal.» José Mário Silva,
Expresso
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