O que acontece quando mentimos tão bem que perdemos a noção do que é real?
Numa
prosa magnificamente cuidada, Bradford Morrow traça uma linha débil
entre o devaneio e a intuição, a memória e a ficção autoilusória, entre o
amor verdadeiro e o falso.
Uma
comunidade bibliófila é abalada com a notícia de que Adam, um
colecionador de livros raros, foi atacado e as suas mãos decepadas. Sem
suspeitos, a polícia não consegue avançar no caso, e a irmã procura
desesperadamente uma pista.
Ao
longo das páginas repletas de mistério e simbologias, escritores
famosos e citações brilhantes, Will, cunhado e colega de profissão de
Adam Diehl, tenta obter uma resposta e, ao mesmo tempo, escapar às
ameaças do misterioso «Henry James». Consciente do simbolismo do caso,
ele sabe que um homem sem mãos se vê privado do instrumento mais
precioso quando se trata de imitar a caligrafia de William Faulkner,
James Joyce, Conan Doyle e outros que tais. Na verdade, Will, ele
próprio genial falsário, talvez saiba demais.
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