13/11/2017

Uma Coluna de Fogo, de Ken Follett



Opiniâo:
Sempre que o nome deste autor, Ken Follett, surge, a minha mente associa-o ao estrondoso êxito dos Pilares da Terra e Um Mundo Sem Fim, adorei. A expectativa de ler o terceiro livro desta saga histórica, Uma Coluna de Fogo, era enorme. Foi tão prazeroso voltar a Kingsbridge, passados tantos anos, e recordar um pouco, através dos edifícios existentes, como por exemplo catedral de Kingsbridge, agora com outros personagens e numa outra época.
Esta narrativa decorre entre o ano de 1558 e 1620, onde duas famílias se destacam em Kingsbridge, os Fitzgerald e os Willard, existindo conflitos entre ambas, pois uma professa a religião católica e a outra protestante. E é precisamente a religião que originou guerras levando tantos à morte, católicos contra protestantes, levando-os à fogueira, através de traições e conspirações, sendo a grande causadora destas desavenças e de desunião, onde centenas de inocentes eram mortos em nome de Deus.
Tendo estas famílias ideologias religiosas diferentes, tinham todo o interesse de ter no trono o governante que professasse a mesma religião, e se por um lado temos a rainha Isabel Tudor, que fez com que a Europa se virasse contra Inglaterra, pois foi uma pessoa determinada, inteligente, criou o primeiro serviço secreto, tendo sob o seu jugo pessoas leais, da sua inteira confiança, que se introduzem como espiões e agentes secretos, para que a rainha possa estar sempre um passo à frente dos inimigos. Por outro, temos em França a rainha da Escócia, Maria, que tenta a todo o custo conquistar o trono de Isabel, tendo ela um leque de apoiantes que tentam derrubar Isabel do trono.
E claro que no meio deste enredo pejado de conflitos, temos também histórias de amor pelo meio Ned Willard, um dos personagens principais e cuja a história gira em torno dele, e Margery Fitzgerald. por quem se apaixona, cujas crenças religiosas são diferentes, e que se vêem impedidos de viver em pleno o seu amor.
O autor leva-nos a viajar por Inglaterra, Espanha, França, Holanda, tendo sempre personagens centrais que nos cativam e despertam a atenção, até mesmo os tiranos são personagens que não nos deixam indiferentes devido ao seu grau de malvadez.
Apreciei muito esta obra, ainda mais depois de assistir à sessão de autógrafos, onde o autor explicou como se prepara para escrever um livro, deslocando-se aos lugares, aos meandros onde decorre a acção de toda a história, é por isso que quando estamos a ler, sentimos que houve uma verdadeira pesquisa sobre a época, tão cheia de pormenores, de detalhes, descreve tão bem os locais, os personagens são brilhantes, quer masculinos, quer femininos, mantendo sempre o interesse do leitor através de um enredo muito bem construído, a pessoa sente-se transportada para dentro do livro.
Foi um deleite fazer esta viagem, muito bom, se achei que tinha muitas páginas? Não, de todo, podiam ser o dobro, que não me importava, sou fã incondicional de romances históricos, leiam. 

(Leitura feita em Outubro)



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