Toda
a gente tem segredos.
Toda a gente é culpada de alguma coisa.
E as crianças nem sempre são inocentes.
Toda a gente é culpada de alguma coisa.
E as crianças nem sempre são inocentes.
Opinião:
Sei que não sou a única a achar que esta capa é tão gira,
já para não falar da lombada fabulosa.
Quanto ao livro, O Homem de Giz, é um thriller muito bom, narrado
do ponto de vista de Eddie Adams, de 42 anos, professor. Quando Eddie recebe uma
carta com um pedaço de giz,
a mesma vai despoletar na sua memória várias recordações, volta de imediato à sua infância, àquele verão de 1986, e, através dele somos
levados entre o presente e o passado, em capítulos alternados, à época em que era um miúdo de doze anos, vai nos relatando
as suas aventuras com os seus melhores amigos Gav, Mickey, Hoppo e Nicky, aquele foi o
verão que mudou as suas vidas para sempre.
Tudo
começou com uma simples brincadeira, um pedaço de giz desencadeia um jogo que
eles nunca pensaram que fosse ter a dimensão e consequências que teve, sendo
crianças, não iriam pensar que tal acto de brincar, os levasse a algo insólito
e macabro, a descoberta de um cadáver...
Passados trinta anos, será que o jogo está de volta? E com ele regressam os segredos, as mentiras, que tinham ficado num passado tão distante...
A autora foi brilhante na
forma como nos agarra com este enredo magnifico, com simples figuras de giz, algo inofensivo, conseguiu uma história sinistra com
requintes de malvadez, onde os personagens são tão reais, tão bem construídos, é impossível ficarmos indiferentes, choca com algumas cenas,
que demonstram o quanto os adolescentes podem ser cruéis uns com os outros, e esconder
segredos que não passam pela cabeça de ninguém.
Ao longo da narrativa as
pistas vão sendo deixadas, de forma a aguçar-nos a curiosidade, lançam-nos suspeitas que nos fazem interrogar sobre quem será o culpado.
Outra coisa que gostei foi o facto de sentir algum desconforto
durante a leitura, incomoda, mas ao mesmo tempo é bom, quem é amante
de policiais vai entender o que digo, pois é aquele tipo de livro com cenas bastante
gráficas, mas que eu pessoalmente gosto. Depois algo no final deixou-me
de queixo caído, o que certa personagem esconde, só sei
que fiquei acordada até tarde para terminar, para chegar ao fim, e ainda que o final seja previsível, não tira nenhum mérito, antes pelo contrário.
Para primeiro livro está
de parabéns, pela escrita impecável, arrebatadora, pelo enredo original, intenso, arrepiante, cheio de
reviravoltas, só posso recomendar, é muito bom.
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