Opinião:
O Dia em que Perdemos a Cabeça, tem um inicio macabro, um homem nu caminha pelas
ruas da cidade de Boston com a cabeça de
uma mulher nas mãos, algo surreal, ninguém sabe quem é o homem, nem de quem é a cabeça. O homem é levado para uma
instituição psiquiátrica, onde o director
Dr. Jenkins em conjunto com Stella Hyden, agente do FBI, tentam deslindar o que
está por detrás, mas o problema é que o homem fala através de enigmas.
É narrado através de espaços temporais que tanto aprecio, ora estamos em 2013, ora somos levados no capitulo seguinte a 1996, mas, neste livro isso fez-me ficar meio perdida na história, a tentar interligar, a tentar encaixar as peças, pois o autor faz-nos dar
voltas à cabeça, com as reviravoltas e a sucessão de acontecimentos estranhos,
bizarros que se vão desenvolvendo ao longo do livro, houve momentos que nem
sabia muito bem o que estava acontecer, deixavam-me
simplesmente baralhada, com imensas perguntas na mente, talvez seja
esse o objectivo do autor, se for conseguiu. A forma como o enredo se
desenvolve é complexo, não é nada fácil descortinar, e tem algumas incongruências, com algumas partes sem sentido, que não
o tornam tão credível, mas nunca deixei de ficar
intrigada com esta trama. Quanto aos personagens de mente perturbada, escondem segredos, nenhum deles é confiável, nenhum deles gera
empatia, o que leva o leitor ficar em permanente alerta.
É uma leitura que tem que
ser feita com atenção para não se perder o fio à meada, pois envolve vários personagens e os saltos temporais requer que fiquemos atentos, faltaram pormenores fulcrais para que tanto o enredo como os personagens brilhassem mais, mas não me
tirou de maneira alguma o suspense nem o interesse durante a leitura, pois
ficava sempre com perguntas na mente, o que me fazia virar as páginas. Ponto negativo, não gostei da escrita do autor, mas, não deixa de ser um thriller
diferente, original, de ritmo acelerado, os capítulos curtos deixam-nos sempre na expectativa, ficaram
pontas soltas, e o final, esse leva-nos a 2014, o que me deixou super curiosa, quiçá vai ter continuação, espero que sim. Gostei.
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