Com
quase 90 anos, Carry Ulreich decidiu publicar o diário que manteve quando
esteve escondida dos nazis. De noite sonho com a paz é conhecido como o Diário
de Anne Frank com um final feliz.
Após
a Segunda Guerra Mundial, foram vários os diários que se descobriram. O mais
famoso foi sem dúvida o de Anne Frank, que ainda hoje fascina os leitores. À
semelhança de Anne, Carry Ulreich era também uma jovem adolescente holandesa,
judia, que teve de se esconder durante a ocupação nazi. A sua história teve,
contudo, um final diferente. Carry e a sua famíla – mãe, pai e irmã mais velha
– sobreviveram ao horror da guerra e só recentemente Carry decidiu avançar com
a publicação deste De noite sonho com a paz, que chega às livrarias portuguesas
a 11 de abril .
De
noite sonho com a paz é, por um lado, um documento histórico impressionante
sobre a cidade de Roterdão – onde a família vivia – , a sua ocupação e
destruição, mas também um registo dos costumes judaicos, um diário da
clandestinidade e, claro, o diário típico de uma adolescente que, entre os 14 e
os 18 anos, divaga sobre as suas paixões, ambições e incertezas.
Neste
diário, que vai de 1941 a 1945, Carry narra episódios da progressiva
perseguição aos judeus, da vida escondida no seio da família católica Zijlmans
e, por fim, da desejada libertação. Um livro realista e comovente que inclui
fotografias da época, bem como um prefácio e enquadramento histórico de Bart
Wallet: «O que significava crescer como uma judia adolescente durante este
período? O diário de Carry Ulreich mostra-o de uma maneira despretensiosa e
impressionante. Através do seu relato minucioso e de um olhar agudo para
avaliar emoções pessoais, o leitor participa numa luta diária pela
sobrevivência.»
SOBRE
O LIVRO
De noite sonho com a paz
1941.
Carry Ulreich de 15 anos vive em Roterdão gozando a vida como qualquer outra
rapariga da sua idade, desfrutando dos pequenos prazeres e da liberdade comum a
tantas famílias da época. Mas a liberdade de Carry irá desaparecer lentamente
devido às imposições da ocupação nazi: a requisição de bicicletas e rádios, o
recolher obrigatório, o dever de usar a estrela de David, a proibição do
exercício de várias profissões (incluindo a de costureiro, que o pai de Carry
exerce), a obrigatoriedade de frequentar escolas judaicas.
E,
no horizonte, o espectro dos campos de concentração. A inesperada tábua de
salvação vem dos Zijlmans, uma família católica de Roterdão, que acolhe Carry e
a família, pondo em risco a sua própria segurança. Assim começa uma vida na
sombra, envolvida pela ameaça que paira lá fora.
Com
um olhar nítido e lúcido sobre as dificuldades e os medos que enfrenta, o diário
de Carry devolve-nos a história de vida de uma menina judia obrigada a crescer
no momento mais terrível do século XX europeu.
SOBRE
A AUTORA
Carry Ulreich, Judia
de ascendência polaca, nascida na década de vinte do século passado, Carry
Ulreich passou três anos da sua adolescência escondida numa casa em Roterdão
durante a Segunda Guerra Mundial. Com quase noventa anos, veio a publicar o
diário que manteve dessa experiência, ficando de imediato conhecida como a
«Anne Frank com final feliz». Pouco tempo depois da libertação, casou-se e,
cumprindo um sonho, foi viver para Israel, sob o nome de Carmela Mass. Teve
três filhos, vários netos e bisnetos. Faleceu recentemente, em Israel.
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