Há já umas semanas no mercado, "Conversas de Escritores" de José Rodrigues dos Santos, novamente pela editora Gradiva, um livro de conversas com a super-classe de autores mundiais. Dan Brown, Ian McEwan, Luís Sepúlveda, Gunter Grass, Paulo Coelho, Miguel Sousa Tavares, para citar alguns. As entrevistas que JRS realizou para a estação de televisão onde trabalha são precedidas sempre por uma introdução que JRS aproveita para relatar pequenas episódios que se passam antes de começar a gravar, ora o bairro onde vive o autor a entrevistar, ora o aborrecimento devido ao atraso de um cameraman.
Sobre o famoso roubo do portátil de Miguel Sousa Tavares, que se confessa aliás ser do contra, pergunta JRS: "Ouviu a crónica na rádio do Bruno Nogueira a dizer que as investigações da polícia provavam qeu o assaltante [do portátil] era uma pessoa com orelhas grandes?". Responde MST: " (risos) Não." JRS volta à carga: "É o que consta (risos)." MST: "Eu achei que seria o Vasco Pulido Valente o principal suspeito."
Noutra páginas, descobre-se a que o único dever do escritor, tal como dissera Henry James, é ser interessante, e que no entender de Sveva Casati Modignani um bom romance é "uma história que nos prende, na qual nos reconhecemos. Reconhecemos os nossos sentimentos, quer sejam bonitos quer feiros. Reconhecemos situações que vivemos ou então histórias com as quais nos identificamos. Enfim, um bom romance é uma história que nos diz alguma coisa". Elementar cara Sveva, elementar.
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