
O fascismo do já quase moribundo Salazar, de Caetano e de Tomaz foi desafiado por esses jovens temerários, tendo alguns deles pago tal atrevimento com a prisão. Foi o caso de Alberto Martins.
Mas hoje ele é Ministro da Justiça e não posso dizer que o admiro da mesma forma. Aliás qualquer cidadão português vê o triste estado em que está a justiça portuguesa, cada vez mais terceiro-mundista. Nem vale a pena dar exemplos porque qualquer pessoa os reconhece nesta “república das bananas” em que vivemos…

Nesta obra, sempre actual, Kafka descreve-nos um sistema de justiça que se defende e auto-valoriza pelo afastamento em relação ao comum dos mortais. Ao Estado convém que o cidadão seja ignorante, para que continue a servir o sistema com reverência e respeito cego.
A justiça cultiva uma aparência irreal, misteriosa, algo que paira sobre o cidadão como uma super-estrutura sem rosto. Ao cidadão não cabe compreender nem questionar. Apenas obedecer. Afinal, Joseph K., o herói de Kafka não estva muito distante do cidadão português do século XXI.
0 comentários:
Enviar um comentário