Apresento-vos hoje o livro da minha vida.
D. Quixote é muito mais que um livro; é o hino ao poder do ser humano.
É a expressão máxima da capacidade de sonhar.
É a prova final do caminho que todo o homem faz rumo à divindade.
É a humanidade inteira e poderosa, representada em tons de humildade.
O que fica deste livro é uma sensação única: a impressão de que é impossível escrever um livro mais poderoso do que D. Quixote.
Esta sensação de poder, no mundo da música só a encontro em Kitaro.
Eu sei que é a segunda vez que trago para aqui o músico japonês. Mas a sua música, particularmente neste trecho, encaixa perfeitamente no estado de alma que me ficou da leitura de D. Quixote: a simplicidade, o início humilde, em tons suaves para depois caminhar, triunfalmente para acordes festivos, quase estridentes que nos dão à alma uma sensação de poder, talvez um pedaço da dimensão sagrada do Japão ancestral, terra de samurais, de honra e sangue, de esperança, crença e poder.
À medida que vamos ouvindo a música vamos sentindo todo o poder que há em nós, toda a força que o espírito pode conter; uma melodia que vai da paz ao júbilo, da harmonia à festa da vida.
2 comentários:
Manuel,
Fizeste com que fosse à procura desse tal Kitaro pelos caminhos da internet, para entender o seu relacionamento com Cervantes, e sim tem uma sonoridade bem "espiritual".
O teu fascínio pelo país dos samurais só e comparado pelo fascínio que um miúdo tem pelo país dos tamagoshis ;) e é o mesmo fascínio que tenho por essa mistura de gerações em tão poucos km quadrados :)
Mais uma boa escolha embora a minha tivesse sido outra :(
um abraço
Este fascinio é muito recente, Ângelo. Curiosamente sempre detestei Tamagoshis :) No que respeita à música, fiquei encantado com esta mistura de sons... em relação ao resto, a minha curiosidade pela cultura nipónica nasceu da leitura de Murakami.
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