Quando este livro foi editado não me interessei em comprar e até manifestei algum espanto por ter ocupado durante várias semanas o top Bertrand. E isto tudo porquê? Porque deixei-me levar pelo preconceito em relação primeiro livro da tão conhecida figura pública Júlia Pinheiro.
Contudo e após ler em dois blogues, nomeadamente no NLivros e no Bookshelf da Betita dois excelentes comentários decidi arriscar a leitura e ADOREI!
O Livro conta a história de quatro gerações de mullheres no período entre 1930-1974.
Numa linguagem simples e extremamente cativante, com uma pitada de ironia e humor integramos a vida de Maria da Glória (personagem principal da história) a rapariga mais bonita e cobiçada de São Pedro da Beira que trabalha na taberna do seu pai.
Órfã de mãe à nascença, o pai dá-lhe uma educação isenta de amor.
“Em 1930, São Pedro da Beira era uma aldeia com meia dúzia de ruas, rodeadas de Baldio (…) nada prosperava ali a não ser a miséria e a fortuna robusta da família Mendonça”. Maria da glória odeia esta miséria entranhadas naquela terra e naquele povo.
Abomina a taberna do pai, o cheiro da bebida e os olhares “gulosos” dos clientes brutos e sujos de depois de um dia de trabalho têm a tasca do pai por destino.
António Mendonça, o homem mais cobiçado do sítio, não só pelo seu porte robusto, mas principalmente pela sua riqueza marca um encontro com Maria da Glória, tendo por único objectivo desfrutar dos prazeres da carne. Ela aceita não por amor, mas porque vê no horizonte uma oportunidade de sair da vida que leva até então.
Toda a narrativa é fortemente marcada pelos acontecimentos daquele encontro.
Através das suas personagens, nomeadamente as quatro mulheres que representam as quatro gerações distintas, Júlia Pinheiro vai dando a conhecer as mentalidades de um país em mutação.
É sem dúvida um livro que aconselho!!
Comentário, também publicado no ...viajar pela leitura...
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