Título: O Estrangeiro
Autor: Albert Camus
Sinopse
O
Estrangeiro revelou e
consagrou definitivamente Camus como um verdadeiro "clássico" da
literatura contemporânea. Romance estranho, desconcertante sob uma aparente
singeleza estilística, nele se joga o destino de um homem que viveu a vida de
acordo com a sua sensibilidade e a evidência do absurdo de existir.
Albert Camus
PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1957
Escritor e ensaísta francês, Albert Camus nasceu a 7 de Novembro de 1913 em Mondovi, na Argélia. Filho de um jornaleiro meio argelino, meio francês, e de uma carroceira espanhola analfabeta, cedo se revelou um estudante exemplar, ao receber, em 1924, uma bolsa de estudos para o Liceu de Argel. Aí permaneceu até 1932, fazendo parte das actividades atléticas escolares, que acabou por interromper ao contrair tuberculose inócua que lhe deixou mazelas para toda a vida.
A partir de 1935 ocupou vários postos de trabalho na capital e, depois de se filiar no Partido Comunista, conseguiu licenciar-se em Filosofia pela Universidade de Argel, em 1936. Partiu então pela primeira vez rumo à Europa, na esperança de melhorar a sua condição pulmonar, agravada pelos sopros arenosos e abrasadores do deserto do Sara.
Em 1937 publicou o seu primeiro livro, uma colectânea de ensaios com o título L'Envers Et L'Endroit (O Avesso e o Direito). No ano seguinte passou a trabalhar como jornalista no Alger Républicain, chegando a fazer uma reportagem detalhada sobre a condição dos muçulmanos da região de Cábila, que lhe valeu as atenções do público e das autoridades goveramentais.
Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, Camus publicou Noces (1939), uma colectânea de ensaios que reflectiam o estado de espírito consequente ao seu divórcio de Simone Hié, morfinómana com quem havia casado alguns anos antes.
Juntou-se ao movimento da Resistência Francesa e, em 1942, publicou um dos seus romances mais conhecidos, L'Étranger (O Estrangeiro), obra que havia começado a compor na Argélia antes do começo da guerra, e que dava início ao estudo do absurdo, constante no seu trabalho, e que representava a prova aparente, segundo Camus, da não existência de Deus. Também em 1942 apareceu o ensaio filosófico Le Mythe de Sisyphe: Essai Sur L'Absurde (O Mito de Sísifo), em que ajuntava o conceito do suicídio ao marasmo do absurdo (termo que havia de caracterizar a problemática existencial de toda uma geração de autores e pensadores) da vida.
Em 1943, juntamente com Jean-Paul Sartre, fundou o jornal de esquerda Combat, de que foi editor até 1947, ano em que publicou o seu terceiro romance, com o título La Peste (A Peste), uma alegoria à ocupação da França pelos Nacional-Socialistas em que os comportamentos humanos em situações extremas são cuidadosamente analisados. Rompendo pouco tempo depois com Jean-Paul Sartre, líder da corrente existencialista, Camus publicou L'Homme Revolté (1951, O Homem Revoltado), colectânea de ensaios dedicados à génese histórica do Ateísmo. La Chute (1956, A Queda) retoma pela narrativa a problemática da justiça humana, sempre em torno da célebre frase de Dostoievski: "Se Deus não existisse, tudo seria permitido".
Galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1957, Albert Camus faleceu prematuramente, a 4 de Janeiro de 1960, num acidente de viação ocorrido nas cercanias de Sens, em França.
Albert Camus. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.
Os comentários serão editados na 3ª semana de Janeiro
3 comentários:
Ui! Este livro é muito bom! O meu preferido do autor.
Este foi, sem dúvida, um dos melhores livros que li até hoje. Além do comportamento absurdo da personagem é impressionante a sua lucidez.
Estou para ler este há muito tempo. Talvez em breve! :)
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