Desde
a primeira vez que li comentários a este livro fiquei curiosa. Este ano com o
lançamento de “As Horas Distantes” de Kate Morton pela Porto Editora, decidi
então que era chegada a altura de o tirar da estante.
Gostei
da leitura, especialmente pela forma da descrição dos locais, a linguagem
utilizada coloca-nos no espaço e no tempo em que a história é contada. As
personagens estão bem caracterizadas, bastante sólidas! Posso dizer que adorei a
leitura até metade do livro, posteriormente comecei a perder o entusiasmo e a
querer chegar ao fim. Penso que a autora peca pela extensão, perdendo-se em
detalhes que não interessam.
Não
quero dizer com isto que me desiludi com esta leitura, se a classificasse seria
um bom, mas tinha tudo para ser um muito bom se a autora por exemplo explorasse
um pouco mais a fase da primeira guerra mundial. Infelizmente esta parte é
apenas levemente referida. Servindo somente para dar “cor” a todo o romance e
obviamente um romance de amor impossível (que por vezes pareceu-me querer cair
na lamechice).
Aspectos
que me agradaram bastante na leitura:
Uma
das personagens, nomeadamente Emmeline é claramente aquela personagem que nos
mostra a loucura dos anos posteriores à I Guerra Mundial e penso que aqui Kate
Morton esteve muito bem. Emme mostra-nos as danças, os bares, as músicas, os
filmes, uma sociedade virada para a luxúria, que passa a dar grandes e vistosas
festas, uma sociedade de amizades vãs...;
Alfred,
empregado de Riverton, também ele vai para a guerra, com este personagem a
autora mostra-nos como eram tratados os militares da classe baixa, no entanto
Kate Morton, também evidência que apesar de haver diferença a nível de
tratamento, quando os militares voltavam as sequelas deixadas pela guerra eram
iguais em todas as classes.
Apaixonei-me
completamente pela biblioteca de Riverton, pelo lago onde se dá a tragédia,
pelos jardins que circundam a casa… Kate Morton é fantástica nas
descrições.
Outro
aspecto que gostei bastante foi a referência à estenografia, pois eu própria em
tempos de escola aprendi, mas que infelizmente já me esqueci de uma boa parte,
pois quando não se pratica perde-se o conhecimento.
Em
suma, gostei do livro e vou lançar-me aos próximos da autora, pois acho que Kate
Morton tem tudo para crescer como escritora e sendo esta a sua primeira obra
espero ver, nos seus próximos dois livros, diferenças para melhor. De qualquer
forma acho que parti para esta leitura com as expectativas muito elevadas
3 comentários:
um like ;) mas passo:(
Já li todos os livros da autora, gosto muito, mas para mim "O Jardim dos Segredos" e “As Horas Distantes” são melhores que este :)
Então tenho de ler Odete, também tenho os dois na prateleira :P
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