Tal
como na primeira obra do autor Olhei Para Trás e
Sorri... senti, que nesta obra - “Queria Rever o Teu Rosto ao Entardecer” o
tempo é, uma vez mais, um elemento importante. E não poderia ser de outra forma,
pois quando se quer evidencia relações, pensamentos e emoções, o tempo é
fundamental.
No
meu entender, o objectivo desta obra é este – enaltecer a amizade, a juventude
(época em que pensamos ser os donos do mundo “a surdez da juventude é
flagrante”) e posteriormente a maturidade na qual o pensamento é profundo e
revestido de calmia.
A
história tem o seu início, quando um dos personagens, pela manhã, entra no carro
rumo à sua rotina diária: engarrafamento, trabalho… e começa a recordar momentos
da sua juventude – um encontro de amigos, no qual recorda a mulher que o marcou.
Toda a narrativa é centrada nesta lembrança onde a saudade de um rosto ao
entardecer permanece.
Gostei
e recomendo! J
Sinopse:
Um homem enfrenta, de novo, o desencantado
engarrafamento de cada dia. Olha em seu redor. Reflecte na sucessão efémera dos
porquês da vida. Procura formas de evasão daquele cárcere metálico, balizado
pela monotonia de um pára/arranca, que conduz à desilusão esbatida da monotonia.
De repente, já perto do seu destino, ouve os primeiros acordes de uma melodia há
muito adormecida. De facto, só ouviu os primeiros acordes, porque mergulhou no
rio da memória, que lhe reavivou a lembrança de uma viagem, de quatro dias, a um
lugar carente de compreensão. Uma viagem iniciática, de descoberta, de
aprendizagem. Num tempo pautado pelas emoções e norteado pelos sonhos. A sedução
do passado! Quatro dias para perceber o mundo. Foi-lhe o tempo concedido. Cada
um tem o seu... E, ainda hoje, ele transporta consigo imagens, vozes, risos,
mágoas, ecos, odores, desses fugazes momentos, com o sabor da eternidade.
Afinal, o passado estará sempre presente. E a memória de um rosto perdura. E, em
cada regresso a casa, no sublime do entardecer, nasce em si uma súplica, um
desejo: Queria Rever o teu Rosto ao Entardecer.
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