de David Vann
Edição/reimpressão:2011
Páginas:182
Editor:Ahab
ISBN:9789899722828
A ilha de Sukkwan é uma ilha isolada lá para os lados sulistas do Alasca, só de si a palavra Alasca já nos cria, no imaginário, um ambiente hostil, aliado a uma ilha isolada repleta de floresta inexplorável estende esse imaginário ao limite, imagina-se uma terra inabitável, vazia, dura mas de uma beleza natural incomparável seja com o verde do verão ou o branco do inverno.
É para este "paraíso" fotográfico que pai (Jim) e filho (Roy) decidem passar doze meses para tentar fortalecer essa relação, paternal, que os une mas que está muito fragilizada. O isolamento total as deficientes preparações que Jim realizou para viveram num ambiente tão hostil leva ao desmoronamento e colapso da relação de uma forma incontornável, mas surpreendente.
As emoções descritas como paisagens, paisagens descritas tão naturalmente belas dão um charme irresistível a este livro.
Aconselho a estudarem mais a fundo o autor a sua vida (aquilo que em dez minuto encontramos na internet) para podermos, ainda mais se é que isso possa existir, compreender melhor este "pequeno" livro.
A ilha de Sukkwan de David Vann e sua a inevitável comparação com Cormac McCarthy... sim é verdade ao ler este livro tem-se aquela sensação de estar na presença do livro "A estrada" de C. McCarthy.
Esta estória entre um pai e um filho num ambiente isolado, agreste de sobrevivência difícil mas repleto de sentimentos e emoções primárias cria no leitor um estigma cerebral de estar perante uma leitura de C. McCarthy, mas fica-se por aqui.
Um livro bem escrito e bem estruturado. Uma beleza literária, a ler sem reservas.
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