05/01/2013

Dias Tranquilos em Clichy, Henry Miller


Opinião:
Dias tranquilos em Clichy conta a história de dois amigos que vivem em Paris, os dois ligados à literatura, um é tradutor o outro escritor (o escritor será no fundo o próprio Henry Miller, pois viveu em Paris na década de 30 e toda a sua escrita foi influenciada por esta vivência).
Paris, boémio, livre, espontâneo, onde as noites apelam à paixão e ao sexo. É neste contexto que se movem os nossos personagens. No entanto, é um Paris sempre ligado à cor cinza, que no fundo é como terminam sempre os dias de Joey e Carl. A falta de coerência, estabilidade e segurança nas suas vidas é uma constante, assim poder-se-á dizer que o cinza é também um estado de alma. A busca de cor às suas vidas, por parte dos personagens, é notória, no entanto nunca é conseguido.
Confesso que esta foi uma leitura que não me entusiasmou, foi a primeira obra que li do autor. Achei  a história superficial. Sendo um clássico da literatura erótica, esperava mais sensualidade, enganei-me redondamente. Aqui o sexo é frio e desprovido de sentimentos.
Apesar desta leitura não me ter conquistado, pretendo ler “Trópico de Câncer” para ficar a conhecer melhor a escrita do autor.

Sinopse:
Dias Tranquilos em Clichy é a evocação nostálgica e poderosa dos anos em que Henry Miller viveu em Paris, uma época que viria a ter uma influência determinante na sua vida e em toda a sua obra. São os anos em que Miller é ainda um escritor jovem e obscuro, que celebra o amor, a arte e a vida boémia na cidade que, mais do que qualquer outra, o inspira. Os anos do início da sua longa amizade com Alfred Perles e das visitas ao bordel Club Melody. Um grande clássico da literatura erótica, que exalta o deleite inocente na sexualidade e o desejo de liberdade pessoal e artística.

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