01/05/2013

A Rainha de Meg Clothier



GEÓRGIA, 1177

Opinião:

Gosto especialmente de romances históricos baseados em factos verídicos, como é o caso deste livro, a autora fez pesquisa e com base nisso escreveu esta narrativa passada na Geórgia no século XII, na época medieval ou seja na idade média, sobre a Rainha Tamara, cuja a existência foi confirmada e que governou o país na altura.

Tamara, era a filha mais velha do Rei Giorgi,  “a primeira mulher a romper com a lei sálica e também a primeira mulher a governar um país por direito próprio”. Isto porque o Rei não teve um filho varão para o suceder. 

É uma rapariga que apesar de mimada  e ter um relacionamento pouco amistoso com a sua irmã mais nova, depressa aprende que tem sobreviver, quando o seu país é atacado por um exército, ela tem que se esconder nas montanhas para não ser morta. Demonstra que tem orgulho e coragem para enfrentar os inimigos, corta o cabelo e veste-se de rapaz. Só que é traída e quando é descoberta ela sabe que tem que voltar ao seu reino e lutar pelo lugar a que tem direito. É salva dos seus raptores, por um rapaz,  Soslani, o herdeiro do senhor das terras Osset, mas, rebelde como só ela o é, consegue fugir dele roubando-lhe o cavalo. Mais tarde apaixonam-se. Mas terá de optar entre ser Rainha do seu país e o amor. 

Quando o pai a nomeia Rainha, ela encontra-se cercada por homens que não a querem no trono, mas não têm outra opção, por isso, tem que casar com alguém que seja escolhido por eles, e se torne Rei e governe o país, escolhem-lhe um marido abominável, mas que não a quebra. Tamara demonstra ser inteligente, obstinada, uma lutadora, determinada a ser dona de seu próprio destino, é indomável e destemida, nem a sua tia Rusudan com o seu mau feitio a consegue dobrar, quando aparece após a morte do seu irmão o Rei, para a aconselhar, só lhe vem dificultar a vida, ao querer mandar em Tamara.
Mesmo contra tudo e todos, sendo traída pelos que deviam te-la defendido ela governou o país, não desistiu conseguindo ganhar o respeito dos nobres, numa época em que as mulheres deviam estar no seu canto a bordar ou a costurar, segundo os costumes na altura.
Vamos acompanhar muitas peripécias, guerras, mortes e traições, num país governado por uma rainha muito teimosa, que conseguiu atingir os seus objectivos.

Uma história bem escrita, com enredo, com grandes personagens, que torna a atmosfera que os rodeava autêntica, e as descrições bem reais, a autora deu-nos a conhecer um pouco de Georgia um país cercado por várias nações, e de uma mulher que chegou ao poder pela primeira vez,  tornou este livro numa leitura muito agradável, gostei bastante. Recomendo.

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