03/09/2013

Coração Sem Limites de Katie Davis, com Beth Clark



Opinião:
Sempre admirei pessoas que são altruístas independentemente da sua nacionalidade, religião, língua, tradições ou classe social. Pessoas abnegadas que fazem tudo pelos outros, só porque querem ajudar e ver a felicidade nos outros sem nada em troca. Este livro retrata exactamente uma pessoa assim.
Apesar de eu não ser uma pessoa religiosa, respeito as crenças de cada um, admiro a coragem desta jovem de se entregar de alma e coração a servir os outros e a Deus. Pois para mim independentemente de ter a sua religião e acreditar no seu Deus, o que conta mesmo é o seu grande amor pelo próximo e isso vem de dentro, está no seu coração, nas suas acções.

Concordo com a frase: “Não importa sua religião, se ela te torna um ser humano melhor”.

Katie apesar dos seus 18 anos (uma menina),  demonstrou ser um ser humano enorme, excepcional, pois abdicou da sua vida onde tinha tudo, quer a nível material quer emocional, uma vida familiar e pessoal óptima, ia entrar na universidade, mas tinha um sonho o de abdicar de tudo isto em prole de umas meninas em África, e ainda bem que existem pessoas como ela, que fazem o bem a outros seres humanos que não tem nada, mas mesmo nada. Que grande amor incondicional ela demonstrou.
O desejo profundo de ajudar o próximo e contribuir para um mundo melhor, foi mais forte do que ela. Por isso decide partir numa missão humanitária a África, mais precisamente ao Uganda, sem conhecer ninguém, sem falar a língua nativa, foi realizar um sonho, e a partir desse dia a sua vida mudou para sempre.
O que encontrou Katie no Uganda? Miséria, fome, doenças como a malária, a sarna, pessoas privadas dos bens mais essenciais,  mas para ela o mais importante foi conhecer pessoas que no meio disto tudo a marcaram pela sua enorme bondade e que apesar de não terem nada mas é mesmo nada, ainda assim conseguem ter um sorriso e fazer bem aos outros com um simples gesto e isto deu forças a Katie para solicitar ajuda de fora para colocar jovens a estudar, a sua missão iria ser maior do que aquilo que esperava e iria demorar mais tempo do que pensava, pois havia muito que fazer para ajudar tantas crianças.
Começou por arranjar uma casa onde adoptou 13 raparigas e formou Amazima uma organização que ajuda crianças, alimenta-as veste-as, são mais de uma centena de crianças que se encontram na escola. Angariar fundos para subsidiar estas crianças não é nada fácil requer muito esforço e trabalho da parte de Katie. Crianças estas que lhe chamam “mãe”.

“No Uganda, uma ardósia é cara. Uma caneta ou um lápis novos são um tesouro”.

Katie sujeitou-se a apanhar diversas doenças que grassam as pessoas em África, mas se pensam que isso a impedia de as tratar quando lerem o livro vão ver quão corajosa ela é. 

“Sentava-me no chão frio e duro e esfregava o nariz nos seus pescoços sujos e beijava as suas cabeças cobertas de eczemas e nem sequer via a sujidade nem os fungos. Estava apaixonada”.

Passou noites sem dormir a tentar arranjar soluções para angariar dinheiro para comprar simples materiais escolares e roupa para todos irem à escola, outras noites a tratar de crianças muito doentes, mas sua persistência deu sempre frutos. 

 “Ninguém quer acreditar que esta minúscula mulher branca, a única que muitos deles alguma vez viram, está a proporcionar às crianças uma educação gratuita como se uma criança pobre merecesse tanto ser educada como outra pessoa qualquer”. 

Katie ficava admirada como é que seres humanos tão pequeninos que já tinha sofrido tanto com as vicissitudes da vida conseguiam ter sorrisos enormes e amor para dar aos outros. Esta é a sua gratificação pelo trabalho que tem realizado ver o sorriso nos seus rostos.
Este livro é sem dúvida um testemunho vivo de alguém com uma enorme coragem e abnegação, de altruísmo amor incondicional pelo próximo. Katie tem contribuído para a felicidade e o bem estar de centenas crianças,  é uma gota no oceano, mas ainda bem que existem seres humanos como ela. 

A sua coragem e abnegação abalaram o mundo e granjearam-lhe o epíteto de Mulher do Ano 2012 pela revista Glamour.

0 comentários: