Opinião:
Sempre admirei pessoas que
são altruístas independentemente da sua nacionalidade, religião, língua, tradições
ou classe social. Pessoas abnegadas que fazem tudo pelos outros, só porque
querem ajudar e ver a felicidade nos outros sem nada em troca. Este livro
retrata exactamente uma pessoa assim.
Apesar de eu não ser
uma pessoa religiosa, respeito as crenças de cada um, admiro a coragem desta jovem de se entregar de
alma e coração a servir os outros e a Deus. Pois para mim independentemente de ter
a sua religião e acreditar no seu Deus, o que conta mesmo é o seu grande amor
pelo próximo e isso vem de dentro, está no seu coração, nas suas acções.
Concordo com a frase: “Não importa sua religião, se ela te torna
um ser humano melhor”.
Katie apesar dos seus
18 anos (uma menina), demonstrou ser um
ser humano enorme, excepcional, pois abdicou da sua vida onde tinha tudo, quer a nível
material quer emocional, uma vida familiar e pessoal óptima, ia entrar na
universidade, mas tinha um sonho o de abdicar de tudo isto em prole de umas
meninas em África, e ainda bem que existem pessoas como ela, que fazem o bem a outros seres humanos
que não tem nada, mas mesmo nada. Que
grande amor incondicional ela demonstrou.
O desejo profundo de
ajudar o próximo e contribuir para um mundo melhor, foi mais forte do que ela.
Por isso decide partir numa missão humanitária a África, mais precisamente ao
Uganda, sem conhecer ninguém, sem falar a língua nativa, foi realizar um sonho,
e a partir desse dia a sua vida mudou para sempre.
O que encontrou Katie
no Uganda? Miséria, fome, doenças como a malária, a sarna, pessoas privadas dos
bens mais essenciais, mas para ela o mais
importante foi conhecer pessoas que no meio disto tudo a marcaram pela sua
enorme bondade e que apesar de não terem nada mas é mesmo nada, ainda assim conseguem ter um sorriso e fazer bem aos outros
com um simples gesto e isto deu forças a Katie para solicitar ajuda de fora
para colocar jovens a estudar, a sua missão iria ser maior do que aquilo que
esperava e iria demorar mais tempo do que pensava, pois havia muito que fazer
para ajudar tantas crianças.
Começou por arranjar
uma casa onde adoptou 13 raparigas e formou Amazima uma organização que ajuda
crianças, alimenta-as veste-as, são mais de uma centena de crianças que se
encontram na escola. Angariar fundos para subsidiar estas crianças não é nada
fácil requer muito esforço e trabalho da parte de Katie. Crianças estas que lhe
chamam “mãe”.
“No
Uganda, uma ardósia é cara. Uma caneta ou um lápis novos são um tesouro”.
Katie sujeitou-se a
apanhar diversas doenças que grassam as pessoas em África, mas se pensam que
isso a impedia de as tratar quando lerem o livro vão ver quão corajosa ela é.
“Sentava-me
no chão frio e duro e esfregava o nariz nos seus pescoços sujos e beijava as
suas cabeças cobertas de eczemas e nem sequer via a sujidade nem os fungos.
Estava apaixonada”.
Passou noites sem
dormir a tentar arranjar soluções para angariar dinheiro para comprar simples materiais escolares e roupa para todos irem à escola, outras noites a tratar de
crianças muito doentes, mas sua persistência deu sempre frutos.
“Ninguém quer acreditar que esta minúscula
mulher branca, a única que muitos deles alguma vez viram, está a proporcionar
às crianças uma educação gratuita como se uma criança pobre merecesse tanto ser
educada como outra pessoa qualquer”.
Katie ficava admirada
como é que seres humanos tão pequeninos que já tinha sofrido tanto com as
vicissitudes da vida conseguiam ter sorrisos enormes e amor para dar aos
outros. Esta é a sua gratificação pelo trabalho que tem realizado ver o sorriso
nos seus rostos.
Este livro é sem dúvida
um testemunho vivo de alguém com uma enorme coragem e abnegação, de altruísmo
amor incondicional pelo próximo. Katie tem contribuído para a felicidade e o bem
estar de centenas crianças, é uma gota
no oceano, mas ainda bem que existem seres humanos como ela.
A
sua coragem e abnegação abalaram o mundo e granjearam-lhe o epíteto de Mulher
do Ano 2012 pela revista Glamour.
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