Opinião:
Não escolho nem julgo um
livro pela capa, mas como gosto imenso de fotos antigas fui seduzida por esta
ainda antes de ler a sinopse, uma narrativa bem ao estilo do autor que
conhecemos de romances anteriores como “Maré de Azar”, “Um Oficial em Malta” e “O Jardim das Sombras”.
A acção deste livro decorre
em França no verão de 1935, na Riviera, em Le Rayol onde vive Tom Nash ex-agente dos serviços secretos britânicos, que pensa ter encontrado sossego desde
que se mudou para este lugar há cinco anos, é onde escreve, joga ténis com os amigos, participa em
jantares, cocktails, apanha sol nas praias, vive tempos calmos, neste refúgio
perfeito que todos procuram incluindo artistas.
Tom tem agora 40 anos e
é uma pessoa pacata, correcta, está aproveitar para desfrutar da vida, no sossego deste
recanto, mas tudo isso acaba de repente,
pois alguém o quer assassinar, durante uma
noite um intruso entra na sua casa e tenta matá-lo. Será alguém do seu passado
conturbado ou será alguém do seu actual circulo de amigos? Lembranças e recordações de actos que praticou na Rússia começam a formar-se na
sua mente, a assombrá-lo, somos levados ao passado do personagem no tempo da
espionagem na Rússia quando Tom conheceu Irina a sua paixão em 1919 e as suas tentativas em vão de a resgatar para
não ser executada.
Mas Tom sabe que vão
tentar matá-lo de novo por isso numa corrida contra o tempo tenta descortinar quem será que o quer ver morto de entre
norte-americanos, russos, alemães e britânicos?
Leonard, e dois amigos
do seu passado e actual presente tentam ajudá-lo a desvendar quem poderá estar
por detrás destas tentativas de assassinato.
Tom entretanto já desconfia
de todos, ninguém é colocado à parte, incluindo
Lucy, a sua afilhada, que Tom tanto gosta. Depois de um segundo atentado
contra a sua vida Tom quase que tem a certeza de que alguém entre as pessoas que ele
considera seus amigos mais próximos o está a trair, e que passa informações sobre
sua vida e sobre o que faz àqueles que o pretendem ver morto.
Mais um bom livro deste autor, mesmo não sendo de leitura
compulsiva temos no entanto o enredo perfeito para uma história de mistério, acção e
suspense q.b com uma variedade de personagens fascinantes como Tom, de quem
gostei em particular, com várias reviravoltas ao longo do livro. Gosto da
maneira como o autor Mark Mills escreve com detalhes e pormenores bem conseguidos da
época e sobre espionagem no anos 30, gostei do próprio diálogo entre os
personagens. Em suma achei uma óptima leitura. Recomendo.
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