24/06/2014

Os Filhos do Éden, de Ken Follett (opinião)



Opinião:
Ken Follett é um dos meus escritores de eleição, tenho todos os livros publicados (confesso que ainda não consegui ler todos, mas quero muito fazê-lo), desde que li Os Pilares da Terra, apaixonei-me pela sua maneira de escrever e contar histórias, é inegável o quanto gosto da sua versatilidade nos vários géneros literários que se propõe a escrever.
Os Filhos do Éden um livro escrito em 1998, absorveu-me logo nas primeiras páginas, uma narrativa que nos envolve completamente.
A história é em volta de um grupo que se auto-intitula Os Filhos do Éden, vivem num vale de uma zona remota no estado da Califórnia, onde cultivam vinhas, e sobrevivem daquilo que cultivam, são quase auto suficientes.
Mas o facto de uma central eléctrica estar prestes a ser instalada naquela zona, faz com que os seus sonhos de viverem isolados sejam deitados a abaixo, pois se isso se concretizar aquele vale deixa de existir, ficará submerso pela água.
Priest o impulsionador do grupo, juntamente com duas mulheres estão dispostos a  tomar medidas drásticas que podem ameaçar e colocar em risco a vida de dezenas de pessoas, o seu  objectivo é provocar um sismo em zonas sensíveis e propícias a esses abalos no estado da Califórnia, fazem chantagem com governador para desistir da central eléctrica.
Priest apesar de não saber ler, é um líder apto, tem cadastro, mas tornou-se numa pessoa diferente ao longo dos anos, só que a sua obsessão em não deixar que o governo leve a melhor, trás de novo ao de cima a sua má índole, e torna-o audaz, aparecendo e provocando o FBI, na convicção de que não o vão reconhecer, e a sua audácia e obsessão levam-o a cometer actos imperdoáveis, que tem de ser travados a todo o custo.
Será que o vai conseguir concretizar a sua ameaça? Como é que é possível humanos provocarem um abalo de terra? Será que a policia deverá levar a sério estas ameaças?
Tanto o governador da Califórnia como os responsáveis do FBI, são ambíguos em acreditar nas ameaças. Não tem pistas, não tem nada em concreto onde se agarrar.
Já Juddy, uma agente do FBI, destacada, e que é dedicada ao seu trabalho,empenha-se completamente em tentar descobrir quem está por detrás destas ameaças, e ao contrário dos outros agentes demonstra uma perspicácia fora de série, está sempre um passo à frente dos outros, nem que para isso coloque a sua vida em risco, não existem momentos parados, nesta corrida contra o tempo, pois não se sabe se ameaça se vai concretizar ou não, mas o melhor será descobrir antes que seja tarde de mais. Gostei especialmente desta personagem.
Com um enredo cheio de ritmo o autor consegue habilmente agarrar-nos completamente nesta narrativa, os com acontecimentos desenrolam-se num ritmo adequado, onde cada personagem se encaixa na perfeição no seu papel nesta história.
É impossível largar o livro depois de o começarmos a ler, pois todo o suspense em torno desta narrativa torna-a viciante, com bastante ritmo, não tem momentos parados, lê-se num ápice, tal é a ansiedade de descobrir o que vai acontecer, se conseguem realmente descobrir este grupo e impedir a catástrofe que pretende provocar, pois tratam-se de pessoas que não deixaram rasto durante longos anos.
Não há dúvida que Ken Follett é mestre em contar histórias, mais um livro que gostei imenso, com acção e reviravoltas inesperadas, alguma tensão, e onde o suspense está aliado à ciência, uma óptima leitura, que recomendo. Muito bom.


Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui
Para mais informações sobre o livro Os Filhos do Éden
 


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