Opinião:
Um
Caso de Espíritos, mais um clássico que se vem juntar há colecção
Crime à Hora do Chá, um autor que já foi publicado por cá, mas que nunca li os
seus livros, apesar de ter lido outros autores da colecção Vampiro que tanto
gostava.
O cenário deste enredo
passa-se na sociedade vitoriana londrina, numa altura em que as sessões
espíritas estavam na moda entre os britânicos, e é precisamente durante uma sessão
dessas que desaparece uma obra de arte e um vaso, quando as pessoas estavam
ausentes de casa.
E é aqui que entra em
cena o Inspector Cribb que vai investigar ambos os casos, juntamente com o
guarda Thackeray.
O intrigante e peculiar
nestes roubos ocorridos é que haviam objectos com muito mais valor dentro das casas, mas, que o
ladrão não levou, porque estes objectos e não outros?
À medida que a investigação avança e durante mais uma sessão espírita ocorre desta vez uma morte.
O Inspector Cribb
demonstra ser inteligente, justo e muito perspicaz colocando quem está a ler com
dúvidas e suspeitas de quem poderá ser o assassino, mas o leitor também
fica em suspense em relação à vitima, o autor não dá logo a conhecer quem foi assassinado. Ao mesmo tempo o autor dá ao leitor a oportunidade de ler sobre os truques usados pelos médiuns durante as sessões.
E com todos os
ingredientes certos de um clássico, somos envolvidos pelos personagens e levados a suspeitar de A ou B sem nunca
estarmos certos.
O Inspector Cribb
através de todos os presentes numa nova sessão vai tentar descortinar quem pode estar
por detrás desta morte e que motivos terá por detrás para ter cometido o crime.
É impossível para o
leitor não fazer comparações com o detective mais famoso de sempre Poirot durante a leitura.
Muitos segredos vão ser desvendados sobre todos aqueles que participaram na
sessão, e não só, segredos que gostariam que não viessem ao de cima.
O interessante é ler
como é que os detectives na época conseguiam chegar ao assassino, sem os
métodos que existem hoje em dia que facilitam em muito a tarefa de descobrir o ou os criminoso(s).
Mais um policial que consegue cativar o leitor, onde o autor mistura
humor, fez-me sorrir algumas vezes e fez-me suspeitar de personagens que afinal não eram o
assassino, porque quase todos eles tem um motivo para matar, maior ou menor, mas
não deixam de ser suspeitos, tudo isso conjugado com um inspector com o qual se sente empatia.
Com mistério q.b. um clássico muito bem escrito desta vez pelas mão do autor Peter Lovesey,
espero que a ASA publique mais livros desta colecção.
(Lido em 2014)
(Lido em 2014)
1 comentários:
Olá!
Gosto muito deste género de literatura e este livro não conhecia! Parece muito interessante!
Beijinhos e boas leituras!
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