07/01/2015

Um Caso de Espíritos, de Peter Lovesey (opinião)



Opinião:
Um Caso de Espíritos, mais um clássico que se vem juntar há colecção Crime à Hora do Chá, um autor que já foi publicado por cá, mas que nunca li os seus livros, apesar de ter lido outros autores da colecção Vampiro que tanto gostava.
O cenário deste enredo passa-se na sociedade vitoriana londrina, numa altura em que as sessões espíritas estavam na moda entre os britânicos, e é precisamente durante uma sessão dessas que desaparece uma obra de arte e um vaso, quando as pessoas estavam ausentes de casa.
E é aqui que entra em cena o Inspector Cribb que vai investigar ambos os casos, juntamente com o guarda Thackeray.
O intrigante e peculiar nestes roubos ocorridos é que haviam objectos com muito mais valor dentro das casas, mas, que o ladrão não levou, porque estes objectos e não outros?
À medida que a investigação avança e durante mais uma sessão espírita ocorre desta vez uma morte.
O Inspector Cribb demonstra ser inteligente, justo e muito perspicaz colocando quem está a ler com dúvidas e suspeitas de quem poderá ser o assassino, mas o leitor também fica em suspense em relação à vitima, o autor não dá logo a conhecer quem  foi assassinado. Ao mesmo tempo o autor dá ao leitor a oportunidade de ler sobre os truques usados pelos médiuns durante as sessões.
E com todos os ingredientes certos de um clássico, somos envolvidos pelos personagens  e levados a suspeitar de A ou B sem nunca estarmos certos.
O Inspector Cribb através de todos os presentes numa nova sessão vai tentar descortinar quem pode estar por detrás desta morte e que motivos terá por detrás para ter cometido o crime.
É impossível para o leitor não fazer comparações com o detective mais famoso de sempre Poirot durante a leitura.
Muitos segredos vão ser desvendados sobre todos aqueles que participaram na sessão, e não só, segredos que gostariam que não viessem ao de cima. 
O interessante é ler como é que os detectives na época conseguiam chegar ao assassino, sem os métodos que existem hoje em dia que facilitam em muito a tarefa de descobrir o ou os criminoso(s).
Mais um policial que consegue cativar o leitor, onde o autor mistura humor, fez-me sorrir algumas vezes e fez-me  suspeitar de personagens que afinal não eram o assassino, porque quase todos eles tem um motivo para matar, maior ou menor, mas não deixam de ser suspeitos, tudo isso conjugado com um inspector com o qual se sente empatia.
Com mistério q.b. um clássico muito bem escrito desta vez pelas mão do autor Peter Lovesey, espero que a ASA publique mais livros desta colecção. 
(Lido em 2014)

Pode ler mais sobre o livro aqui 


 

1 comentários:

Jardim de Mil Histórias disse...

Olá!

Gosto muito deste género de literatura e este livro não conhecia! Parece muito interessante!

Beijinhos e boas leituras!