14/04/2016

Assírio & Alvim - Novidades - Daniel Jonas e Eugénio de Andrade

Título: Bisonte 
Autor: Daniel Jonas 
N.º de Páginas: 136 
PVP: 13,30 € 
Coleção: Poesia Inédita      
Portuguesa 

Novo livro de Daniel Jonas   Bisonte chega este mês às livrarias  

A Assírio & Alvim publica, a 21 de abril, Bisonte, o novo livro de Daniel Jonas, que no ano passado foi galardoado com o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes, da Associação Portuguesa de Escritores, pelo livro Nó (Assírio & Alvim, 2014).  Bisonte procura acolher uma poética de largo espectro, orçando grandes espaços, ruminando o horizonte, tratando de grandes pinceladas rítmicas. Estilisticamente livre, coopta várias dimensões líricas, formalmente múltiplas, com um certo apetite por poemas longos e 'paisagistas', discursivos e de fundo fôlego. O poema mimetiza o grande quadrúpede e a sua estepe. Subitamente, o grande páramo é engolido no vórtice de uma miniatura, como a flor para o bisonte. É deste modo uma poética de escalas e, se aproximadamente interpretável, trataria do problema da anulação, de um tipo de olhar romântico, natural, pulverizado por blocos coletivos e grandes agremiações unitárias militando contra o individual. Se o poema é um animal não pode dizer nada e a poesia nada diz. E, contudo, é loquaz, um torrencial e irreprimível movimento altíssono condenado paradoxalmente a desaguar num mar tonitruante que estrangula o dito na sua câmara de gritos. Ameaçado de extinção, o poema é o bisonte. E a extinção é, de certo modo, a negação da história.  

Sobre o autor:
Daniel Jonas nasceu no Porto, em 1973. É Mestre em Teoria da Literatura pela Universidade de Lisboa com uma dissertação sobre o poeta inglês John Milton, de que resultou a tradução de Paraíso Perdido. Tem vários livros de poesia publicados, entre eles Os Fantasmas Inquilinos e Sonótono (Prémio Pen Clube de Poesia 2008). Traduziu Um Punhado de Pó, de Evelyn Waugh, e Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello. Em 2014 lançou na Assírio & Alvim Nó, livro que ganhou o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes. 

Título: O outro nome da terra
Autor: Eugénio de Andrade 
Prefácio: Fernando Pinto do Amaral 
N.º de Páginas: 88 
PVP: 11,10 €
     
Título: Vertentes do olhar 
Autor: Eugénio de Andrade 
Prefácio: Fernando J. B. Martinho 
N.º de Páginas: 88 
PVP: 11,00 €  

O outro nome da terra e Vertentes do olhar   

Novas edições de Eugénio de Andrade regressam às livrarias   

No dia 21 de abril a Assírio & Alvim lança novas edições de O outro nome da terra e de Vertentes do olhar, de Eugénio de Andrade. Composto por poemas em prosa, Vertentes do Olhar é composto por poemas que abarcam mais de quarenta anos de produção poética do autor. «Entre o mais antigo poema deste livro ("Fábula", 1946) e o mais recente ("A Sereia do Báltico", 1988) passaram mais de quarenta anos. É uma vida à procura de uma voz. A melodia do homem nasce dessa busca incessante: descobre-se quando nos descobrimos. Não foi fácil: desaprender custa mais do que aprender. Estarei agora, ao menos, mais perto desse dizer que ajude outros a falar?». O outro nome da terra foi publicado pela primeira vez em 1988, e acerca deste livro escreve Fernando Pinto do Amaral, com grande justiça: «Saber dar atenção às coisas simples é às vezes o mais difícil, e não apenas em poesia. As palavras que tentam dizê-las procuram uma nudez coincidente com o seu ser, exibindo a vitalidade das perguntas sem resposta, mas sendo ao mesmo tempo a expressão de um sim irradiante e sempre novo, incorporado na ilusão do ato percetivo. Assim pode ir, frutificando, pouco a pouco, o mais fértil de todos os saberes — esse cujas certezas arrastam enigmas e que é, afinal, um outro nome da ignorância.»   

Sobre o autor:
Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu a 19 de Janeiro de 1923 no Fundão. Em 1947 ingressou na função pública, como funcionário dos Serviços MédicoSociais, e em 1950 fixou residência no Porto. Manteve sempre uma postura de independência relativamente aos vários movimentos literários com que a sua obra coexistiu ao longo de mais de cinquenta anos de atividade poética. Revelou-se em 1948, com As Mãos e os Frutos, a que se seguiria, em 1950, Os Amantes sem Dinheiro (já publicados pela Assírio & Alvim). Os seus livros foram traduzidos em muitos países e ao longo da sua vida foi distinguido com inúmeros prémios, entre eles o Prémio Camões, em 2001. 




0 comentários: