Eu Sou a Árvore
Possidónio Cachapa
Páginas: 352
O regresso de um dos autores mais marcantes da literatura portuguesa contemporânea, sete anos após a publicação do último romance.
Possidónio Cachapa
Páginas: 352
O regresso de um dos autores mais marcantes da literatura portuguesa contemporânea, sete anos após a publicação do último romance.
«O maior escritor de
prosa da sua geração» Expresso
«A arte de Possidónio Cachapa
consiste no modo como presenfica os seres e as coisas» Urbano Tavares Rodrigues
Todas as árvores caminham
sobre o Tempo, sobre a passagem das estações, porque nenhum outro movimento
lhes resta. Existem, simplesmente, dividindo-se entre o corpo visível que se
estende à luz e o corpo inferior que vive de forma encoberta. Os seus frutos,
contudo, são esperanças perdidas, Verão após Verão. Imagens do desejo de poder
ser mais do que braços a estender-se ao céu, ao vento, à impiedade dos
pássaros. Da vontade que todo o corpo, o poderoso corpo, pudesse sair da terra,
com duas pernas móveis, e a fizesse estremecer de medo quando uma delas
voltasse a pousar na superfície.
Entre os homens e as
árvores há tanto em comum que por vezes não se sabe onde começam uns e acabam
os outros. É o gosto obstinado de lançar raiz na terra funda, de dar fruto e
espalhar semente.
Samuel acredita que lhe
basta um solo fértil para ser feliz e, sendo-o, permitir que todos o sejam
tanto como ele. Mas a mulher sonha longe, os filhos guardam segredos e a força
brutal dos seus gestos de patriarca deixa marcas inesperadas naqueles que ama.
No seu esperado regresso
ao romance, Possidónio Cachapacolhe um livro onde a Natureza e o Homem vivem
misturados, moldando-se e afeiçoando-se mutuamente, enquanto o tempo se some
como um carreiro de água em terra seca.
Sobre o autor:
Escritor, argumentista e
realizador, português. Nasceu em Évora, na planície alentejana, onde passou a
infância e o início da adolescência, antes de partir para os Açores e daí para
outros lugares do mundo, presentes, frequentemente, na sua obra.
Autor de diversos romances,
contos e novelas, entre os quais se destacam Nylon da Minha Aldeia (1997),
adaptado ao cinema, e Materna Doçura (1998), além de diversos contos, crónicas,
livros infantis e peças de teatro. Entre outros filmes realizou Adeus à Brisa,
sobre a vida e obra de outro escritor, Urbano Tavares Rodrigues. A sua obra
está traduzida em vários países, sendo objeto de teses universitárias
internacionais e de adaptações a vários géneros artísticos.
Um Copo de Cólera
Raduan Nassar
Páginas: 120
Prémio Camões 2016
Semifinalista do Prémio Man Booker Internacional
«Um dos pontos mais altos da língua portuguesa dos nossos tempos» Folha de S. Paulo
Raduan Nassar
Páginas: 120
Prémio Camões 2016
Semifinalista do Prémio Man Booker Internacional
«Um dos pontos mais altos da língua portuguesa dos nossos tempos» Folha de S. Paulo
Numa manhã depois de uma
noite de amor, um casal de amantes lança-se numa discussão sem tento, "com
as formigas subindo pela garganta", um duelo verbal em que o objectivo
derradeiro parece ser a aniquilação do outro. Entre insultos vitriólicos,
tiradas cruéis e egos bélicos, a aventura sexual rapidamente se transforma num
jogode poder semestribeiras. Este romance – tão erótico quanto feroz – explora
a fronteira entre o desejo de dominar e a vontade de ser dominado, entre a
paixão e a submissão, expondo as complexas entranhas do amor. De tal forma
tenso e vibrante, "Um Copo de Cólera" rapidamente se transformou numa
obra de culto da língua portuguesa, portuguesa, confirmando Raduan Nassar como
um dos mais marcantes escritores modernistas do Brasil, ao lado de nomes como os
de Clarice Lispector e GuimarãesRosa.
Sobre o autor:
Nasceu em 1935 em
Pindorama, onde passou a infância. Adolescente, foi com a família para a cidade
de São Paulo, tendo estudado direito e filosofia na USP.
Exerceu diversas
atividades e estreou-se na literatura em 1975, com Lavoura Arcaica. Tem livros
traduzidos em Espanha, França e Alemanha e é considerado um dos maiores
estilistas da língua portuguesa. Venceu em 2016 o Prémio Camões.
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