08/11/2016

«2666», de Roberto Bolaño, considerado o melhor livro dos últimos 25 anos

«2666», de Roberto Bolaño, considerado o melhor livro  dos últimos 25 anos. 

Quetzal publica em abril o inédito «O Espírito da Ficção Científica».   
 Lisboa, 4 de novembro de 2016 – Um júri que reuniu críticos, escritores e livreiros de ambos os lados do Atlântico, escolheu 2666, de Roberto Bolaño (publicado pela Quetzal em 2009), como o melhor livro de língua espanhola dos últimos 25 anos. A lista, publicada pelo suplemento literário do jornal El País, inclui 100 títulos desse período e coloca Detetives Selvagens, também de Roberto Bolaño, em terceiro lugar.
 
2017 vai ser o ano Bolãno para a Quetzal. A primeira grande novidade chega já em abril, mês em que será publicado o livro inédito O Espírito da Ficção Científica – que será brevemente apresentado na Feira do Livro de Guadalajara, no México, considerada a mais importante feira do livro de língua espanhola do mundo.  A tradução deste livro inédito póstumo, que já se encontra finalizada, ficou a cargo de Cristina Rodriguez e Artur Guerra, a dupla de tradutores que já havia traduzido obras anteriores do mesmo escritor.
 
Também em 2017 será lançado outro inédito, Patria, volume que reúne três novelas (além da que dá o título ao livro, «Sepulcros de Vaqueros» e «La Comedia de Horror de Francia») A edição portuguesa de Patria acompanhará a primeira edição mundial do livro. Pela primeira vez em língua portuguesa será publicado – no final do ano – Putas Assassinas, que reúne narrativas centrais na obra de Roberto Bolaño.
 
Ainda em 2017, a Quetzal publicará uma nova tradução de Detetives Selvagens, bem como uma edição especial de 2666 – o mais importante dos seus romances, e que constituirá uma grande surpresa do ponto de vista gráfico, um objeto de grande beleza, desde a escolha do papel até à tipografia, à capa e ao número de páginas. 
 
Sobre o autor: 
Roberto Bolaño nasceu em 1953, em Santiago do Chile. Aos quinze anos mudou-se com a família para a Cidade do México. Durante a adolescência leu vorazmente e escreveu poesia. Fundou com amigos o Infrarrealismo, um movimento literário punk-surrealista, que consistia na «provocação e no apelo às armas» contra o establishment das letras latino-americanas. Nos anos 70, Bolaño vagabundeou pela Europa, após o que se instalou em Espanha, na Costa Brava, com a mulher e os filhos.  Aí, dedicou os últimos dez anos da sua vida  à escrita. Fê-lo febrilmente, com urgência, até à morte (em Barcelona, em julho de 2003), aos cinquenta anos. A sua herança literária é de uma grandeza ímpar, sendo considerado o mais importante escritor latino-americano da sua geração – e da atualidade. Entre outros prémios, como o Rómulo Gallegos ou o Herralde, Roberto Bolaño já não pôde receber o prestigiado National Book Critics Circle Award, o da Fundación Lara, o Salambó, o Ciudad de Barcelona, o Santiago de Chile e o Altazor, todos atribuídos a 2666, unanimemente aclamado o maior fenómeno literário da última década. 

 
 

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