Opinião:
Sou fã desta dupla desde
a publicação do livro O Hipnotista, por isso quando vi que ia ser publicado um
novo livro, fiquei tão contente, que confesso, que li a sinopse na diagonal, pensei é de
Lars Kepler, é bom de certeza. Não tem o nosso conhecido Joona Linna, e está
escrito num registo totalmente diferente daquele que os autores nos habituaram,
não sou grande apreciadora deste género, de livros sobre o sobrenatural, mas li com interesse e
fiquei sempre curiosa durante toda a narrativa.
Com O Porto das Almas, os autores dão inicio a uma nova
série chamada Playground, este livro tem como protagonista Jasmin, uma mulher soldado
do exército sueco colocada no Kosovo, durante uma missão fica gravemente ferida,
e é levada para o hospital, onde tem a sua primeira experiência na cidade dos
mortos, para mim algo surreal, transita da vida para a morte, para um local, ou seja para uma cidade, chamada de O Porto das Almas.
E digo desde já que o enredo em si não me atraiu,
devido ao lugar onde é passado, está dividido entre a Vida e a Morte, mas a
acção do livro decorre mais na parte da cidade dos mortos, já o ritmo, a forma como está escrito, torna esta história
de leitura compulsiva, dei por mim a torcer pelos personagens, gostei das descrições desta
cidade, porque tem as suas raízes na cultura chinesa que tanto me atrai.
O que gostei mais foi do
facto da protagonista, enquanto mãe, defender e fazer tudo pelo filho, como é
de esperar de um progenitor que se preze, a sua garra para lutar por Dante, é incrível,
o facto de passar todos os limites e tentar
resgatar a pessoa que mais ama.
A verdade é que depois de ter o livro nas mãos e de ler a sinopse com olhos de ver, distanciei-me
totalmente das obras anteriores para conseguir apreciar esta narrativa, pois não
podemos comparar este livro com os outros publicados, mas é inevitável que se faça essa comparação, e se por
um lado gostei, por outro senti a falta do registo policial que tanto gosto, mas não me arrependo nada desta leitura e até recomendo
que leiam por ser diferente. É um desafio para os fãs, fico no entanto à espera que venham mais livros com o Joona Linna.
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