18/06/2010

Saramago Morreu

...nas estantes, os livros choram...

5 comentários:

Ângelo Marques disse...

Paula,
Bonita imagem para uma triste noticia, fiquei, ficamos mais pobres...

Unknown disse...

Sem dúvida Angelo, hoje é um dia triste para a literatura e para Portugal.

Anónimo disse...

Uma perda definitiva para o mundo literário.
Rest in peace José Saramago.
-Diana Lopes

Unknown disse...

Lembro-me de há muitos anos ter lido Levantado do Chão. Logo aí formei de Saramago uma imagem muito clara: a de um homem generoso e bom.
Muito poderia dizer das suas qualidades literárias; mas já muitos, mais entendidos que eu o fizeram.
Posso dizer apenas que me entristeceu esta notícia. Que me apetece dizer um grande OBRIGADO a este homem que nos deixou um prémio nobel mas também grandes pérolas da literatura portuguesa, com que me deliciei...
Portugal ficou mais pobre, a literatura ficou mais pobre, mas acho que foi a humanidade inteira que ficou mais pobre por ter perdido um homem bom, generoso, que tomou sobre os seus ombros o sofrimento dos mais pobres. Que nunca deixou de apontar o dedo a esses todos que cultivam a nossa cegueira. E muitos deles vêm agora chorar lágrimas de crocodilo na televisão.
Portanto, aqui fica o meu modesto OBRIGADO a este bom homem que mudou de residência mas que ficará sempre bem vivo connosco, porque ele é um IMORTAL.

susemad disse...

Obrigada pelas tuas palavras Manuel. De alguma forma lê-las deixou-me menos vazia. Para mim Saramago é único e ontem fiquei triste e hoje continuo triste. A tonsdeazul ficou sem cor.

Partilho «Não me peçam razões» de Saramago, cantado por Luis Cília:
http://www.youtube.com/watch?v=LJf8La6v2Xg

«Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.

Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.

Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.»
in "Os Poemas Possíveis"

Um abraço