Opinião:
Romances históricos são
um dos meus géneros favoritos, e a autora Philippa Gregory já me conquistou há
um tempo atrás quando li “Duas Irmãs e um Rei”, também já li a “A Rainha Branca”,
“A Rainha Vermelha” e “A Senhora dos Rios”.
“A Filha do Conspirador”
pertencente à série "Guerra dos Primos", e desta vez a autora
centra-se na personagem Ana Neville, uma das duas filhas de Ricardo Neville,
Conde de Warwick.
Ana tem apenas oito
anos de idade e a sua irmã Isabel 13 anos. O objectivo de seu pai é que uma
delas chegue ao trono de Inglaterra, tornando-se Rainha, já que não tem filhos
varões, Warwick é muito poderoso e torna-se conhecido como"O Fazedor de Reis", e
é muito bom naquilo que faz, até que o
Rei Eduardo contrariando tudo e todos casa e coloca no trono a lindíssima,
viúva e plebeia Isabel Woodville, e ai Warwick começa a perder o poder que tem,
pois esta mulher tem o Rei na sua mão, que lhe satisfaz todos os seus pedidos e caprichos. Ficando o reino minado pela família Woodville. Mas como o Rei
Eduardo tem mais dois irmãos Jorge e Ricardo, Jorge casa com Isabel a irmã de
Ana, pensando-se que poderá ter alguma influência. Só que isso não ajuda nada em
tirar poder à Rainha, ela não permite. Ana está longe de imaginar o papel que
vai ainda representar em tudo isto. O pai casa Ana com Edward, o príncipe de
Gales, o filho de Margarida de Anjou, uma das mais antigas inimigas, com o
objectivo de unirem forças, mas ambos acabam mortos. Mais uma vez a Rainha
venceu. Ana vê-se viúva, sozinha, abandonada até pela própria mãe, aparece então Ricardo
amigo de infância, que a pede em casamento, são ambos felizes porque se amam. Mas,
muitas voltas e reviravoltas vamos ter nesta narrativa até Ana se tornar Rainha
como o pai tanto desejava.
E o interessante é que
no livro “A Rainha Branca”, Isabel Woodville foi a personagem central, neste
livro é retratada e vista de outra maneira, como alguém que deseja o mal a
todos que estejam contra ela, que não sejam da sua família, nesta narrativa ela
é má e acusada de usar bruxaria. É interessante estar a ler o outro lado, da
mesma pessoa sobre qual já lemos, mas vista de maneira totalmente diferente.
A autora brinda-nos com
um enredo cheio de intrigas, conspirações, mortes, bruxaria, maquinações, é
brilhante como ela descreve as relações humanas que compõe toda esta história.
Adoro ler e saber como eles viviam nas cortes, o que comiam, as festas que
davam, a atenção que colocavam no vestuário e nos penteados, a maneira como se isolavam
para ter os filhos, a importância da fertilidade, com o objectivo de ter um filho varão para subir ao trono.
Em suma um livro fascinante,
mas também muito trágico, cheio de detalhes históricos, que nos trás a visão de outras personagens
envolvidas nesta série "Guerra dos Primos". Um livro que gostei
imenso de ler, prendeu-me logo de inicio nas primeiras páginas, e que recomendo
sem dúvida alguma, muito bom.
Ansiosa por ler o último da série : “A Princesa Branca”.
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