Tentei
seguir o exemplo da Paula do Viajar pela Leitura e decidi elaborar, neste dia
mundial do livro, um top ten dos livros que mudaram a história.
Afinal,
resultou daqui um top 10 com onze livros, o que o torna ainda mais original.
Na
infinidade de tudo quanto se escreveu até hoje, restringi a escolha a dois
critérios: livros de ficção (porque só a ficção é fiável) e já lidos por mim
(porque sim).
Aqui
fica, portanto, a minha lista, por ordem cronológica.
1605
- D. Quixote - Miguel de Cervantes –
o livro que é o pai da sátira social é também o progenitor de toda a literatura
de ficção neste mundo ocidental da triste figura.
1857
- Madame Bovary - Gustave Flaubert –
saudável ofensa à moral, a pedrada no charco da hipocrisia beata. Volta,
Flaubert, estás perdoado!
1869 - Guerra e Paz –
Lev Tolstoi – Ricos e pobres, todos miseráveis na luta pela vida perante a
estupidez da guerra, esse monstro que nem Salvador Dali interpretaria num
infinito surreal.
1879 - Os Irmãos
Karamazov – Fiodor Dostoievski – Fiodor, o homem que mais fundo penetrou na
alma humana! Uma viagem alucinante às profundezas dos mistérios interiores do
ser humano. Épico!
1912
- A Metamorfose - Franz Kafka – O inseto
homem, alienado, amordaçado, morto em vida pelos outros. Os outros, sempre os
outros, esse Inferno de Sartre e de todos nós.
1921 - Ulisses –
James Joyce – Obrigatório para qualquer leitor que, das duas uma, ou quer
morrer de tédio ou sonha ser culto. Melhor será talvez fingir ser culto…
1924 - A Montanha
Mágica – Thomas Mann – Mann, o filho de Goethe, irmanado com a melancolia
germânica, espelho de uma Alemanha no caminho penoso de um desastre para uma
hecatombe.
1942
- O Estrangeiro - Albert Camus –
Mersault, meu caro Mersault, quão semelhante acho teu fado ao meu… quantos
mundos por compreender… que todos, como Mersault, façamos o nosso mundo.
1959
- O Som e a Fúria - Wiliam Faulkner –
Um livro que é força bruta, emanação da terra, grito de génio e uma grande barafunda
para todas as mentes desprevenidas. O maior desafio de sempre na literatura
mundial
1982
- Cem anos de Solidão - Gabriel
Garcia-Marquez – Hino imortal a todos os milhões de Buendia do mundo, deserdados,
atraiçoados, esfolados vivos pelo progresso.
De entre todos, o meu preferido é, sem sombra de dúvidas
este:
imagem daqui: http://fernandajimenez.com/tag/quijote/
5 comentários:
Eh pá, daqui também li quatro :)
Madame Bovary
Guerra e Paz
A Metamorfose
O Estrangeiro
e
Metade do D. Quixote :P
Abraço
Gostei!
Livros emblemáticos, todos eles.
Li-os todos, são leituras obrigatórias.
Excelente lista.
O meu preferido é O Estrangeiro.
Teresa Carvalho
Excelente lista!Penso que, no decorrer dos anos, li todos.É que já sou sexagenária...
Gosto muito de Flaubert com a sua crítica social,mas tb gostei de Guerra e Paz.
Estes autores são todos mestres da Literatura e ,por isso ,uma referência a não esquecer.
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