Uma visão do Inferno,
que vai além de Orwell ou de Kafka: tortura perpétua prescrita pelos cientistas
loucos de Washington. - John Le Carré
Qualquer pessoa que leia
Diário de Guantánamo — e todos
os americanos que tenham um pingo de consciência deviam lê-lo, já — ficará
envergonhada e em choque. - Glenn Greenwald, autor de Edward
Snowden: Sem Esconderijo
Mohamedou Ould Slahi está detido na prisão
norte-americana de Guantánamo desde 2002, suspeito de ser um dos mentores do 11
de Setembro. Após 13 anos de cativeiro, ainda não foi acusado formalmente de
qualquer crime. Um juiz federal ordenou a sua libertação em março de 2010, mas
o governo dos EUA lutou contra essa decisão, impedindo que fosse cumprida.
Não existe qualquer
razão para que Slahi esteja detido. O governo norte-americano não possui
quaisquer provas que justifiquem a sua permanência em Guantánamo, muito menos
os atos de tortura repetidos, violentos e sinistros de que foi alvo.
Diário de Guantánamo, escrito por Mohamedou durante os primeiros anos na prisão e agora editado pela
Vogais, chancela do Grupo 202l20 Editora (Vogais),
é um registo extraordinário e um documento sem precedentes da história do
século xxi: uma obra que descreve, com um detalhe e uma proximidade inéditos
até hoje, os processos de captura, interrogatório, brutalização e tortura
perpetrados pelas autoridades dos EUA ao abrigo da chamada «War on Terror».
Este texto fundamental,
que o governo norte-americano tentou esconder do grande público, é agora
publicado, com mais de 2500 linhas censuradas, após seis anos de batalhas
jurídicas.
Diário de Guantánamo é a memória viva do incumprimento da justiça e dos
atos bárbaros praticados por uma das mais sólidas democracias contemporâneas.
Um documento inédito, marcante e de uma imensa relevância histórica.
A
Vogais disponibiliza os primeiros capítulos para leitura imediata, aqui.
Viste
a página internacional dedicada ao livro em guantanamodiary.com
e ouça alguns dos excertos livros por personalidades como Stephen Fry ou
Colin Firth.
OS
AUTORES
Mohamedou
Ould Slahi
nasceu
numa pequena cidade da Mauritânia em 1970. Ganhou uma bolsa para estudar
na Alemanha, onde trabalhou durante vários
anos como engenheiro. Voltou à
Mauritânia em 2000. No ano seguinte, foi detido pelas autoridades mauritanas, a
mando dos Estados Unidos, e enviado para uma prisão na Jordânia; seria depois
reencaminhado para a base das Forças Aéreas de Bagram no Afeganistão e,
finalmente, para a prisão de Guantánamo, na ilha de Cuba, onde foi torturado
severamente. Em 2010, um juiz federal ordenou a sua libertação imediata, mas o
governo norte-americano contestou a decisão. Os Estados Unidos nunca o acusaram
de qualquer crime. Continua detido em Guantánamo.
Larry Siems, disponível para entrevistas, editou
o manuscrito original de Mohamedou Ould Slahi. É escritor e ativista dos direitos
humanos, e durante muitos anos dirigiu o Freedom to Write Program do PEN
American Center. Vive em Nova Iorque. CONTACTO: Larry Siems: lsiems@mykolab.com
Nancy Hollander, a advogada
de Mohamedou
Ould Slahi,
está igualmente disponível para entrevistas.
CONTACTO: nh@fbdlaw.com
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