O autor estará em Lisboa
entre os dias 22 e 25 de julho para a apresentação da edição portuguesa do
livro, cujo lançamento vai decorrer no dia 23 de julho, pelas
18.30, no Instituto Cervantes.
«Talvez fosse essa uma
das piores tragédias do palhaço: a de que toda a gente desejasse constantemente
que o palhaço fizesse de palhaço sem descanso, até ao fim dos tempos.»
Andrés Barba, eleito pela revista Granta como um dos melhores ficcionistas de língua espanhola da sua geração, volta a ser publicado em Portugal com Na Presença de Um Palhaço (Elsinore l 192 pp l 15,49€). No seu mais recente romance, Barba reforça o seu «mundo de intenções perfeitamente fechado e uma mestria rara na sua idade», que surpreendeu Mario Vargas Llosa.
SINOPSE
O cientista Marcos Trelles prepara-se
para publicar um artigo numa importante revista da especialidade, mas terá de
anexar uma curta biografia de trezentas palavras. Nas duas semanas de que
dispõe para a escrever, viaja com a esposa até à casa da sogra, falecida um ano
antes, para resolver de vez o problema da herança.
Na
mesma altura, regressa a Espanha Abel, o cunhado, que pretende vender a casa da
mãe e desfazer-se da última coisa que o liga ao país onde nasceu. Célebre
comediante já reformado, foi ele quem, anos antes, empreendeu uma campanha
política que elegesse um manequim para o Congresso, como forma de desmascarar o
teatro político que nos subjuga.
Quem sou eu? Esta interrogação desafia Marcos a encontrar, no caos do nosso quotidiano de austeridade e desemprego, uma possibilidade de ordem dentro de sim, mas igualmente dentro de um país despedaçado. Neste romance, a prosa limpa de Andrés Barba esconde a navalha com que se escalpeliza o espetáculo da política.
Na Presença de Um Palhaço junta-se assim aos títulos Elsinore na procura de títulos de excelência e de autores que é urgente descobrir. Ao longo de 2015, a 20|20 Editora continuará a apresentar a sua nova chancela com o lançamento de mais títulos, cada um deles sem fronteiras de género, região ou época.
SOBRE ANDRÉS BARBA
Nascido em Madrid em
1975, foi professor de Espanhol para estrangeiros na Universidade Complutense
de Madrid e é hoje formador de escrita criativa. É reconhecido como tradutor,
tendo trabalhado autores como Joseph Conrad, Henry James e F. Scott Fitzgerald,
além do romance Moby Dick, de Herman Melville.
Estreou-se na ficção com
o aclamado romance La hermana de Katia, finalista do Prémio Herralde de
Romance e adaptado ao cinema por Mijke de Jong. Seguiram-se, entre outros, Ahora
tocad música de baile, Versiones de Teresa (Prémio Torrente Ballester), a
recolha de novelas La recta intención, o ensaio La ceremonia del
porno (em coautoria com Javier Montes, Prémio Anagrama de Ensaio), Muerte
de un caballo (Prémio Juan March) e As Mãos Pequenas, editado em
Portugal pela Minotauro.
Foi eleito pela revista Granta
um dos melhores ficcionistas de língua espanhola da sua geração.
1 comentários:
As capas da Elsinore estão lindas.
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