05/07/2016

Companhia das Letras - Novidades nas livrarias



Eu Sou a Árvore
Possidónio Cachapa 
Páginas: 352 

O regresso de um dos autores mais marcantes da literatura portuguesa contemporânea, sete anos após a publicação do último romance.

«O maior escritor de prosa da sua geração» Expresso

«A arte de Possidónio Cachapa consiste no modo como presenfica os seres e as coisas» Urbano Tavares Rodrigues

Todas as árvores caminham sobre o Tempo, sobre a passagem das estações, porque nenhum outro movimento lhes resta. Existem, simplesmente, dividindo-se entre o corpo visível que se estende à luz e o corpo inferior que vive de forma encoberta. Os seus frutos, contudo, são esperanças perdidas, Verão após Verão. Imagens do desejo de poder ser mais do que braços a estender-se ao céu, ao vento, à impiedade dos pássaros. Da vontade que todo o corpo, o poderoso corpo, pudesse sair da terra, com duas pernas móveis, e a fizesse estremecer de medo quando uma delas voltasse a pousar na superfície. 

Entre os homens e as árvores há tanto em comum que por vezes não se sabe onde começam uns e acabam os outros. É o gosto obstinado de lançar raiz na terra funda, de dar fruto e espalhar semente.
Samuel acredita que lhe basta um solo fértil para ser feliz e, sendo-o, permitir que todos o sejam tanto como ele. Mas a mulher sonha longe, os filhos guardam segredos e a força brutal dos seus gestos de patriarca deixa marcas inesperadas naqueles que ama. 

No seu esperado regresso ao romance, Possidónio Cachapacolhe um livro onde a Natureza e o Homem vivem misturados, moldando-se e afeiçoando-se mutuamente, enquanto o tempo se some como um carreiro de água em terra seca.

Sobre o autor:
Escritor, argumentista e realizador, português. Nasceu em Évora, na planície alentejana, onde passou a infância e o início da adolescência, antes de partir para os Açores e daí para outros lugares do mundo, presentes, frequentemente, na sua obra.
Autor de diversos romances, contos e novelas, entre os quais se destacam Nylon da Minha Aldeia (1997), adaptado ao cinema, e Materna Doçura (1998), além de diversos contos, crónicas, livros infantis e peças de teatro. Entre outros filmes realizou Adeus à Brisa, sobre a vida e obra de outro escritor, Urbano Tavares Rodrigues. A sua obra está traduzida em vários países, sendo objeto de teses universitárias internacionais e de adaptações a vários géneros artísticos.



Um Copo de Cólera
Raduan Nassar 
Páginas: 120 

Prémio Camões 2016

Semifinalista do Prémio Man Booker Internacional 

«Um dos pontos mais altos da língua portuguesa dos nossos tempos» Folha de S. Paulo


Numa manhã depois de uma noite de amor, um casal de amantes lança-se numa discussão sem tento, "com as formigas subindo pela garganta", um duelo verbal em que o objectivo derradeiro parece ser a aniquilação do outro. Entre insultos vitriólicos, tiradas cruéis e egos bélicos, a aventura sexual rapidamente se transforma num jogode poder semestribeiras. Este romance – tão erótico quanto feroz – explora a fronteira entre o desejo de dominar e a vontade de ser dominado, entre a paixão e a submissão, expondo as complexas entranhas do amor. De tal forma tenso e vibrante, "Um Copo de Cólera" rapidamente se transformou numa obra de culto da língua portuguesa, portuguesa, confirmando Raduan Nassar como um dos mais marcantes escritores modernistas do Brasil, ao lado de nomes como os de Clarice Lispector e GuimarãesRosa.

Sobre o autor:
Nasceu em 1935 em Pindorama, onde passou a infância. Adolescente, foi com a família para a cidade de São Paulo, tendo estudado direito e filosofia na USP.
Exerceu diversas atividades e estreou-se na literatura em 1975, com Lavoura Arcaica. Tem livros traduzidos em Espanha, França e Alemanha e é considerado um dos maiores estilistas da língua portuguesa. Venceu em 2016 o Prémio Camões.




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