Trago hoje para aqui uma banda de quem fui fiel seguidor durante a minha adolescência e juventude. Este tema, ainda disponível no Youtube, feito a partir de um concerto na Austrália, envolve uma dinâmica, uma força quase inigualável.
Ouvir esta música, com o volume bem alto, numa tarde de verão é sem dúvida um exercício revigorante. Há nestas guitarras qualquer coisa de mágico, de envolvente, algo que nos empurra para a vida, para a alegria de, simplesmente, existir. Para mim, esta música é sinónimo de vida, alegria, força.
E recordando os livros que li nos últimos anos só há uma obra que mentalmente consigo associar a esta música: O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë: uma obra que é toda ela uma força bruta da arte literária. Tal como na música dos Kiss, há neste livro, em especial nessa magnífica personagem que é Heathcliff, uma energia brutal, uma força vital, uma necessidade de viver nos limites. Ele é uma espécie de vendaval que abala tudo o que o rodeia. É ódio, é amor, é medo, é paixão.
A vida é brutal no mau mas também no bom sentido. É exaltação, é desassossego, é alegria desmedida. É uma vontade permanente de ultrapassar fronteiras como as ultrapassaram os Kiss e Emilt Brontë, cada um à sua maneira.
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