07/07/2010

o escritor que não conseguia ler

Howard Engel, Uma história de vida incrível, esta de um escritor que numa manhã, 31 Julho 2001, acordou normalmente, tomou o pequeno-almoço foi buscar o jornal, tudo normal, nada fazia daquela manhã uma amanha diferente das restantes. Mas foi. Quando ele olhou para a página inicial do jornal, o Toronto Globe and Mail, um jornal de língua Inglesa, teve a impressão de que a primeira página era diferente de tudo o que tinha visto antes. Parecia vagamente um jornal escrito em "servo-croata ou coreano", ou em algum idioma que ele não sabia. Perguntando-se se isso era algum tipo de brincadeira, ele voltou para a sua estante, puxou um livro que ele sabia que estava em Inglês, mas também este estava no mesmo jargão. Engel tinha sofrido um acidente vascular cerebral. Ele tinha danificado a parte do cérebro que usamos quando lemos, então ele não conseguia fazer com que as letras ou palavras tivessem sentido. Ele sofria de que o neurocientista francês Stanislas Dehaene chama de "cegueira da palavra". Seus olhos funcionam. Ele podia ver as formas numa página, porém estas formas não faziam sentido para ele. E porque Engel escreveu histórias sobre detectives durante toda sua vida vida (ele é o autor da série de mistério Benny Cooperman), este foi um golpe. "Eu pensei, bem agora, estou feito como escritor. Estou acabado." O que fazer? Em sua carta a Oliver Sacks, Engel descreve a sua solução, impressionante, ou melhor, a sua semi-recuperação, que pode ver no vídeo de Lev Yilmaz. Em suma, Engel descobriu que se ele traçar o jargão impresso numa página com a mão, se ele simular os movimentos como faz um escritor quando escreve, ele poderia gradualmente voltar a entender o significado das palavras. Tente escrever "cat" 20 vezes, e, em seguida, tente a 21 vez, escreva "gato" no ar com seu dedo. Você sabe que à medida que escreve no ar, que os movimentos que você faz iram parecer igual a "gato". A isto é chamado memória motora. Este conjunto de traços específicos desencadeia a ideia de "gato" no seu cérebro. Toda a história aqui (Inglês). Ou aqui (Castelhano).

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