Em "A Mentira Sagrada", o autor cria um romance de intriga, acção, traição e assassínios que gira em torno de uns documentos misteriosos, documentos esses do conhecimento do Vaticano e que, se fossem tornados públicos, poderiam abalar os alicerces da Igreja Católica.
É, sem dúvida, um romance cheio de acção, com ritmo, mas um pouco colado ao estilo de Dan Brown. Uma coisa é certa, o autor revela profundos conhecimentos sobre o Vaticano, esse mundo secreto e envolto em mistério que tanto mexe com o imaginário das pessoas.
Os documentos apresentados são, no mínimo, polémicos. Perguntei ao autor sobre a sua autenticidade e de que forma teve acesso aos mesmos, ao que me foi respondido que tinha contactos privilegiados, directa ou indirectamente, ligados ao Vaticano, tendo-se especializado nessa àrea e que considera esse mundo fascinante. Também quis saber se não considerava que esses documentos poderiam pôr em causa as crenças religiosas dos Cristãos. O autor respondeu-me que o livro não é sobre religião, mas histórico-político e que existem documentos parecidos no mundo, têm de ser investigados, não são reveladores nem abalam crenças prévias.
Em parte, neste livro, é-nos descrita uma instituição que é das mais poderosas do mundo e que não olha a meios para atingir os seus fins e que tem tentado, ao longo dos séculos, "abafar" quaisquer novas descobertas que possam pôr a Instituição-Religião Católica em causa.
Em suma, sendo um romance empolgante e instrutivo, não deixa de ser polémico e deixa o leitor a pensar e duvidar sobre determinadas verdades adquiridas. O estilo não é original, mas não é por isso que deixa de resultar.
Em jeito de conclusão: "...Um homem para crer tem de duvidar primeiro. A crença está depois da dúvida e não antes..."
7 comentários:
Olá Luís, estou muito curiosa em relação a este livro. E gosto de ler sobre o vaticano e as suas "peripécias", talvez o compre.
Então estiveste à conversa com o escritor?? Boa!
Olá Luís,
Do autor já li os anteriores livros (O último Papa e Bala Santa) e pelo teu comentário parece que este A Mentira Sagrada é uma sequela dos anteriores...
Considero LMR um autor que sabe gerir este marketing do Vaticano, que tem a sua vida ameaçada, etc.. um espécime de Roberto Saviano menor ;)
Os seus livros são bem estruturados, bom marketing, temas interessantes com um único senão pouca estrutura nas personagens (opinião pessoal, somente isso).
Um Abraço e boas leituras
Ângelo
Olá Ângelo,
Estou de acordo contigo, o mundo em si do Vaticano é interessante mas chega a um ponto em que "a teoria da conspiração" começa a cansar um pouco, as revelações "bombásticas" não são devidamente comprovadas o que deixa um pouco a desejar. Em relação às personagens não podia estar mais de acordo, são pouco marcantes para não dizer superficiais.
Um Abraço e obrigado pelo comentário
Miguel
Olá Luís
em primeiro lugar, benvindo a esta nossa comunidade de saudáveis maluquinhos/as dos livros :)
És mais um minhoto para a equipa. Até ao momento o ressultado está num empate: Açores 4 - Minho 4 :)
QUanto ao livro, já há muito tempo ando para ler algo deste autor. Vai ser desta vez! Depois darei a minha opinião.
Um abraço!
Olá Manuel,
Obrigado pelas boas-vindas, espero que no futuro a gente troque opiniões sobre livros e que me possa aconselhar.
Quanto a este livro/ autor aguardo a sua opinião.
Abraço,
Miguel
P.S.: Não sabia que o Minho estava tão bem representado nesta equipa!
Olá,
Já estive para comprar este livro por várias vezes, mas acabo sempre por desistir porque me parece "mais do mesmo". E confesso estar um bocadinho farta de teorias da conspiração. Por outro lado este tipo de livro é óptimo para ler nas férias ou num fim de semana calminho: de leitura viciante e sem necessidade de pausas para pensar.
boas leituras
Olá Patrícia,
Concordo consigo, o tema e o estilo não são originais, os segredos escondidos não deixam de ser polémicos mas até que ponto são verdadeiros não sabemos. Mas o livro não deixa de ser instrutivo e o autor "move-se bem" nesse mundo à parte que é o Vaticano. É como dizes: uma boa leitura para as férias!
Abraço,
Miguel
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