A Fábula, de William Faulkner
Não, não venho aqui comentar o livro "A Fábula", de William Faulkner, seria demasiado pretensioso da minha parte. Se li o livro? Claro que o li. Foi o livro que me deixou mais desconcertado até hoje. Não consigo descortinar ainda o objectivo do autor, aquilo que está para lá da analogia implícita, daqueles diálogos complexos, daquelas divagações que me ultrapassam e que se tentasse aprofundar teria trabalho para meses.
Não, venho antes aqui procurar ajuda, pois sei que alguém o deve ter lido, compreendido e interpretado melhor do que eu.
Obrigado.
Luís Miguel
2 comentários:
Luís, como eu te compreendo :)
Não li este mas li O Som e a Fúria, que é a obra-prima de Faulkner. Devo dizer que é um dos livros da minha vida.
No entanto, a trabalheira que tive para que aquilo fizesse sentido para mim; não acho que tenha feito a interpretação certa porque (atenção, Luís) na arte (e a literatura é uma arte) não há interpertações certas nem erradas; há interpretações pessoais.
Faulkner é um escritor que explorou como ninguém o simbolismo; isso dá um trabalho louco ao leitor mas eu costumo dizer que ler Faulkner é como subir o Everest:
às vezes não conseguimos, mas como o Everest não é um monte qualquer, só a tentativa já é um acto heróico; no entanto, quando conseguimos subir a montanha, é um gozo do caraças!
Para que consigas subir este Everest aconselho-te duas montanhas mais pequeninas, assim tipo o Bom Jesus :) (ou seja, dois livros do Faulkner muito mais acessíveis): Santuário e, principalmente, Luz em Agosto.
Tu quiseste começar logo pelo Everest... :):):)
Manuel,
Acho que tens razão, se calhar comecei pela obra mais complicada de Faulkner... É por isso que agora quero ler "Os Irmãos Karamazov" mas nem ouso tocar-lhe.
Mas nem todos os livros nos podem tocar da mesma maneira, não é, pelo que sempre fica algo, é mais uma experiência.
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