Opinião:
Um livro que se lê
muito rápido, confesso que estava há espera de uma história romântica devido à
capa, mas não o é de todo, desengane-se, pois trata-se de uma narrativa bem
realista de uma mulher com 44 anos como tantas outras, com uma vida e um
casamento monótono, com 3 filhos crescidos, recepcionista num Hospital, não cuida da
imagem, tanto ela como o próprio marido
acomodaram-se, apesar de já não sentirem nada um pelo outro. Muitas mulheres
desta idade, ou mesmo com 20, 30 anos vão-se identificar com esta personagem.
Tudo muda na sua vida de
repente, quando um dia um médico não intencionalmente, faz um comentário acerca da sua pessoa e ela não gosta nada, faz-se um clique na sua
mente. Vai repensar na sua vida toda, pois a sua auto-estima cai por chão
nesse dia. Não tem objectivos, não tem interesses, por isso quando assiste a uma palestra no Hospital na hora de almoço sobre - "Corpo e Alma",
resolve fazer algo que lhe dê gosto, compra uma máquina fotográfica e tenta
centrar-se nesse hobbie, vai tirar fotografias sem saber muito bem ao quê. E resolve que quer mudar de vida, quer ser vista como
"dinâmica, criativa e carismática". Portanto, quando um outro médico, jovem e
atraente se mete com Rosie, ela convence-se que ainda não morreu para a vida.
A partir daqui uma
série de coisas muda, a sua atitude perante a vida, perante o marido, os
colegas, a roupa que veste, resolve viver e arriscar, pois só se vive uma vez,
porque é que tem que vivê-la infeliz e sem nada que lhe dê prazer. Começa a sair com os colegas, depois do trabalho vão até um bar, antes de ir para casa.
A autora tem o dom de nos
fazer sorrir e rir com as cenas caricatas que lemos sobre a Rosie a personagem
central, quando resolve envolver-se com outra pessoa, as próprias conversas entre as 3
colegas da recepção fizeram-me sorrir imensas vezes. Rosie finalmente arrisca viver o
momento, e aceitar o que lhe oferece o presente.
Uma leitura que foi uma
agradável surpresa, com uma série de lições de vida que serve para ponderar, e
reflectir que se não estamos bem devemos arriscar em prol da nossa felicidade, todos temos segundas oportunidades na vida, se não nos sentimos felizes... agora a opção cabe a cada um de
nós decidir como queremos viver. Em suma um livro que me divertiu e que gostei de ler.
"Seja o que for que aconteça, seja como for que as coisas corram, quer se venha a arrepender do que fez ou o recorde para o resto da sua vida, de uma coisa pode estar certa: aproveitou ao máximo cada dia e nunca deixou de manter acesa a chama da felicidade".
1 comentários:
Adorei, as gargalhas que dei, li num fim de semana, o final derreteu-me toda :)
Enviar um comentário